A Europol revelou nesta segunda-feira (30) a prisão de 5 pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro de 460 milhões de euros (R$ 2,9 bilhões). Três prisões foram realizadas nas Ilhas Canárias e as outras duas em Madri, capital espanhola.
As investigações tiveram início ainda em 2023 e a operação contou com o apoio de autoridades da Espanha, Estados Unidos, França e Estônia.
Isso mostra a complexidade do esquema. Afinal, os criminosos operavam globalmente através de diversos cúmplices que realizavam pequenas tarefas para o grupo.
Autoridades fazem alerta sobre golpes online após prisão de 5 suspeitos
A investigação aponta que os criminosos lavaram 460 milhões de euros com o esquema. O valor estaria ligado a golpes de criptomoedas que lesaram mais de 5.000 vítimas em todo o mundo.
A suspeita é que a organização criminosa tenha criado uma rede corporativa e bancária em Hong Kong, usando contas em diversos nomes diferentes para receber, armazenar e transferir os fundos.
Portanto, a Europol aponta que os líderes usaram uma rede de cúmplices espalhada pelo mundo para captar recursos por meio de saques em dinheiro, transferências bancárias e transações em criptomoedas.
Um vídeo mostra o momento em que diversos agentes da Guarda Civil da Espanha entram em um imóvel, escoltando os suspeitos para fora.
Segundo as informações, três pessoas foram presas nas Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol, e outras duas em Madri, capital da Espanha. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.
Embora a Europol cite que um especialista em criptomoedas foi enviado para a Espanha para participar da ação, não há informações sobre valores apreendidos.
Golpes online preocupam autoridades
Apesar disso, o texto aponta que golpes online são uma das maiores ameaças à segurança interna da União Europeia. As autoridades afirmam que isso afeta tanto pessoas e empresas como também instituições públicas.
“A escala, variedade, sofisticação e alcance dos esquemas de golpes online são sem precedentes. A Europol prevê que esse tipo de crime ultrapasse outras formas de crime organizado, impulsionado pelo uso da inteligência artificial, que facilita engenharia social e o acesso a dados”, escreveu a Europol.
Somado a isso, o velho continente passa por uma forte onda de sequestros e outros ataques físicos contra investidores de criptomoedas, especialmente na França.
Por fim, isso serve como um alerta tanto para investidores quanto para pessoas não ligadas a esse mercado. Isso porque os golpes online são os mais diversos, desde ataques de ransomware até a obtenção de dados pessoais para aplicar crimes mais sofisticados.