Ex-gerente da Coinbase se declara culpado em caso de insider trading com criptomoedas

Notando que Ishan Wahi começou a trabalhar na Coinbase como gerente de produtos em outubro de 2020, o DoJ aponta que o executivo “estava envolvido no processo altamente confidencial de listagem de criptoativos” na corretora, sabendo não apenas quais seriam as criptomoedas, mas também a data dos anúncios ao público.

Ishan Wahi, ex-gerente de produto da Coinbase, declarou-se culpado nesta terça-feira (7) das acusações de insider trading. Seguindo, o Departamento de Justiça americano aponta que este é o primeiro caso do tipo na indústria das criptomoedas.

Preso em julho, Ishan Wahi admitiu ter passado informações privilegiadas para seu irmão, Nikhil, e um terceiro envolvido, Sameer Ramani, sobre futuras listagens de criptomoedas na corretora onde trabalhava.

Com as informações em mãos, a dupla então comprava as criptomoedas que seriam listadas na Coinbase, vendendo-as logo após o anúncio público com um grande lucro.

Embora listagens não representem nenhum compromisso por parte da empresa, tais processos são bem-vistos por investidores. Afinal, além do reconhecimento por uma grande corretora, as criptomoedas também passam a ter maior volume e liquidez, atraindo mais investidores.

Ex-gerente de produtos da Coinbase se declara culpado em primeiro caso de insider trading com criptomoedas da história

Notando que Ishan Wahi começou a trabalhar na Coinbase como gerente de produtos em outubro de 2020, o DoJ aponta que o executivo “estava envolvido no processo altamente confidencial de listagem de criptoativos” na corretora, sabendo não apenas quais seriam as criptomoedas, mas também a data dos anúncios ao público.

“Ishan Wahi, ex-gerente de produto da Coinbase, se declarou culpado de duas acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica”, escreve o DoJ. “Um esquema para negociar criptomoeda usando informações confidenciais da Coinbase sobre quais criptomoedas estavam programadas para serem listadas na corretora.”

Seguindo, o texto aponta que o esquema durou quase um ano, citando o nome dos outros dois envolvidos no golpe.

“Em várias ocasiões entre junho de 2021 e abril de 2022, a Wahi violou seus deveres de confiança para com a Coinbase, fornecendo informações comerciais confidenciais […] para Nikhil Wahi e Sameer Ramani para que eles pudessem se envolver secretamente em negociações lucrativas em torno de anúncios públicos da Coinbase”, aponta o Departamento de Justiça.

“Após os anúncios de listagem pública da Coinbase, em várias ocasiões, Nikhil Wahi e Ramani venderam os criptoativos com lucro.”

Segundo o processo, a dupla teria comprado pelo menos 25 criptomoedas após obter informações de Ishan Wahi, ex-gerente da Coinbase. Nikhil Wahi, irmão de Ishan, já havia se declarado culpado ainda em setembro do ano passado. Os dois aguardam por suas sentenças.

Prisões aconteceram devido a um tuíte, declara Departamento de Justiça

Seguindo o texto, o DoJ aponta que um tuíte do usuário Cobie (@Cobie) deu início a toda investigação que levou a prisão dos irmãos Wahi.

“Encontrei um endereço de ETH que comprou centenas de milhares de dólares em tokens apresentados exclusivamente na postagem de Listagem de Ativos da Coinbase cerca de 24 horas antes de ser publicado, risos.”

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Acusação de Cobie sobre insider trading levou a prisão de ex-gerente da Coinbase.

Finalizando, o Departamento de Justiça nota que a própria Coinbase respondeu ao tuíte, mais tarde afirmando que estaria cooperando com as autoridades em relação ao caso. Ou seja, a empresa parece ter agido corretamente com o caso.

Por fim, na última semana o diretor da Coinbase acusou sua maior rival de estar cometendo o mesmo crime. Na acusação, Conor Grogan apontou para um “padrão de front-running pela Binance por mais de 18 meses”, algo similar ao tuíte acima de Cobie. A história não evoluiu desde então.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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