Executivo da Record é destituído após promover golpe de bitcoin para funcionários, diz jornal

Segundo lista vazada, executivo convenceu pessoas a investir em empresa que prometia rendimentos altos com a imagem do bitcoin.

Um executivo da rede Record no Rio de Janeiro foi destituído de seu cargo na última terça-feira (22), após uma lista vazada apontar que ele foi responsável por convencer investidores a investir na empresa do “faraó dos bitcoins”.

Conhecido faraó, Glaidson Acácio dos Santos foi o líder da GAS Consultoria, empresa com sede em Cabo Frio que atuava com um esquema de pirâmide financeira. Durante os anos de sua atuação, ele foi responsável por captar bilhões de reais de investidores.

Para convencer aportes de clientes, Glaidson prometia rendimentos de 10% ao mês. A justificativa da alta rentabilidade era de que ele tinha uma equipe de traders altamente capacitada que conseguia supostamente explorar oportunidades de mercado.

Glaidson foi um dos presos da Operação Kryptos em 2021, quando seu esquema fraudulento desmoronou. As investigações seguem encontrando vestígios do modo de operação de sua organização criminosa.

Executivo da Record no Rio é destituído do cargo após vazar lista de 160 vítimas do Faraó dos Bitcoins

No passado, Glaidson foi um pastor da Universal na Venezuela, mas acabou abandonando a igreja antes de começar a aplicar golpes em investidores. De qualquer forma, ele chegou a doar R$ 72 milhões para a instituição religiosa, segundo um processo que segue em sigilo de justiça.

Agora, o mais novo vínculo do Faraó dos Bitcoins foi encontrado com um executivo da Record no Rio. Segundo informações reveladas pela coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, o ex-presidente da RecordTV, Fabiano Freitas, levou 160 investidores para o golpe com criptomoedas de Cabo Frio.

Ele foi destituído do cargo na última terça, segundo apuração, e deve ser transferido pela Record para outra divisão em Goiânia. Também ex-pastor da Universal, Fabiano entregou o cargo após a lista de vítimas em posse do Ministério Público vazar.

Entre as vítimas, estão funcionários da própria Record, convencidos a aportar no esquema que ruiu em 2021. Além disso, parentes dos funcionários também perderam dinheiro na pirâmide financeira.

Outro detalhe que chama atenção é que membros da Universal confiaram em Fabiano e aportaram dinheiro no esquema. Não está claro se as vítimas já processam o faraó, mas o prejuízo estimado apenas deste grupo gira em torno de 8 milhões de reais.

Uma das vítimas é a mulher do Deputado Federal Marcos Pereira (PL), considerado pelo UOL um operador financeiro de Edir Macedo, líder da TV Record e da Igreja Universal.

Record disse que rodízio de executivos estava em seus planos

Em nota após o escândalo da lista de 160 vítimas do Faraó dos Bitcoins, ajudado por um de seus executivos, a Record disse que vazou a informação que a destituição do ex-presidente no Rio não tem relação com o golpe das criptomoedas.

Isso porque, já estaria nos planos da emissora um rodízio de seus executivos. De qualquer modo, o caso é mais um indício que o faraó dos bitcoins deixou um enorme rastro de prejuízo para investidores do Brasil, atuando com várias redes de recrutamento.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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