Experimento econômico do Ethereum ‘falha’ e moeda volta a ser inflacionária

Ethereum ainda é 3 vezes maior que sua rival Solana, mas projeto passa por diversas crises simultâneas.

O Ethereum, segunda maior criptomoeda do mercado, voltou a registrar inflação em sua base monetária nesta semana. Essa é primeira vez nos últimos dois anos que isso acontece.

A história começa em setembro de 2022, quando seus desenvolvedores lançaram a atualização The Merge. Além de migrar do Proof-of-Work para o Proof-of-Stake, ela também apresentou mudanças drásticas em seu modelo econômico.

Somado a queima parcial das taxas de transações, implementadas em 2021, o The Merge diminuiu a recompensa dos validadores. Com isso, o ETH passou a ser uma moeda deflacionária, chegando a reduzir sua oferta circulante em até 0,38% ao ano.

Ethereum volta a apresentar inflação

O termo moeda sonante foi criado para descrever moedas de ouro que tinham um som único quando comparado a moedas falsas. Mais tarde, o termo também passou a ser usado para descrever moedas fortes, incluindo digitais.

Desde o The Merge, a comunidade do Ethereum começou a chamar o ETH de “moeda ultra-sonante” (ultra-sound money). Ou seja, um trocadilho para apontar que o Ether era melhor que ouro e Bitcoin por não apenas ser escasso, mas também ser uma moeda deflacionária.

No entanto, esses avanços na política monetária não refletiram no seu preço e o Ethereum chegou ao seu menor nível dos últimos 4 anos contra o Bitcoin nesta semana.

Somado a isso, o Ethereum voltou a apresentar inflação em sua base monetária pela primeira vez desde janeiro de 2023, perdendo essa força narrativa.

Ethereum volta a ter inflação. Fonte: Ultra Sound Money.
Ethereum volta a ter inflação. Fonte: Ultra Sound Money.

Além de críticas à Ethereum Foundation e a pressão da comunidade por mudanças em sua liderança, a criptomoeda de Vitalik Buterin também perde espaço para rivais como Solana. Até mesmo o uso de soluções de segunda camada para o Ethereum, que não requerem o uso de ETH pelo usuário, ajudam a explicar esses números.

Embora seus desenvolvedores estejam planejando lançar mais uma grande atualização em março, a Pectra, é difícil acreditar que ela animará o mercado.

Independente disso, os números do The Merge continuam sendo incríveis quando comparados ao modelo antigo que, caso ativo, registraria uma inflação de 3,3% ao ano.

Ethereum volta a apresentar inflação, mas novo modelo continua sendo melhor que seu antigo. Fonte: Ultra Sound Money.
Ethereum volta a apresentar inflação, mas novo modelo continua sendo melhor que seu antigo. Fonte: Ultra Sound Money.

Contra o Bitcoin, o ETH também leva vantagem. No entanto, é importante notar que o Bitcoin está limitado a 21 milhões de unidades e seus halvings irão cortar essa inflação pela metade a cada 4 anos, em média, já o Ethereum não possui nenhum limite e hoje depende do uso da rede.

Além disso, o Bitcoin apresenta o mesmo modelo econômico desde seu lançamento. Por outro lado, o Ethereum já passou por diversas mudanças e pode mudar novamente, o que pode deixar investidores inseguros.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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