Uma família, do interior de São Paulo, perdeu R$ 850 mil em uma pirâmide de criptomoedas que oferecia 10% ao mês de retorno fixo.
Na última semana, o Gaeco prendeu seis pessoas por criar golpes com criptomoedas no Estado de São Paulo. Elas trabalhavam em uma empresa chamada CriptBank.
Segundo as investigações feitas pelas autoridades locais, o esquema consistia em captar investidores para oferecer rendimentos fixos.
Além de realizar contratos com as vítimas, a empresa, buscando gerar mais legitimidade ao esquema, também dava certificados para os clientes que investiam no negócio.
A operação do Gaeco, em conjunto com a Polícia Civil, foi batizada de CriptoGolpe.
Durante seu funcionamento, a empresa e os operadores alvos da ação afirmavam ser o primeiro banco de criptomoedas do Brasil que, na verdade, se mostrou como a fachada para mais um golpe de pirâmide financeira.
Família perdeu R$ 850 mil ao investir em pirâmide de criptomoedas
Após o encerramento do esquema criminoso bem como da obtenção de mais informações dos criminosos — que ainda serão apuradas pela PCSP — relatos de ex-clientes começam a chegar ao conhecimento público.
O novo caso, de uma família que perdeu R$ 850 mil em um golpe de criptomoedas em Sorocaba, no interior de São Paulo, foi compartilhado pelo portal R7.
As informações foram compartilhadas pelo advogado das vítimas, um aposentado e sua filha, que acreditaram ser possível investir em um negócio com rendimento fixo. No início, após repassar os valores aos golpistas, a família chegou a receber os aportes de 10% ao mês prometidos.
Uma hora a pirâmide cai e começa a fazer vítimas
Em um primeiro momento, o aposentado colocou R$ 429 mil nas mãos na empresa Gasull Investiments, com sede em Barueri, recebendo um gordo rendimento de 10% do seu próprio dinheiro ao final de 30 dias. Vendo que o negócio era promissor, o cliente mandou mais R$ 71 mil para a empresa.
Do segundo mês em diante, os líderes da empresa não respondiam mais aos telefonemas da família, informou o advogado criminalista Danilo Campagnollo Bueno, defensor das vítimas.
Sua filha acabou envolvida pelos ganhos do pai e também resolveu colocar R$ 50 mil no “primeiro banco de criptomoedas do Brasil”. Vendo os retornos acontecer, o aposentado ainda colocou mais R$ 300 mil no negócio.
Nenhuma identidade das vítimas do esquema foi revelada na reportagem.
Operação ainda apura mais informações
Na quarta-feira (1), o Gaeco apreendeu documentos da empresa acusada de dar golpes, assim como carros de luxo e mais objetos que ajudarão a elucidar o funcionamento da pirâmide.
“O grupo garantiu visibilidade e capacidade de iludir investidores ao fazer propaganda em nome do Criptbank S/A, Criptbank Holding Investimentos Negócios e Participações e da Gasull Investimentos Ltda.”
No mercado de investimentos, seja em criptomoedas ou qualquer outro ativo, o retorno fixo certo é uma promessa que mascara, muitas vezes, os famosos golpes de pirâmides financeiras.