Glaidson Acácio dos Santos lendo celular em pronunciamento/Reprodução
Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos bitcoins, deve ser transferido em breve para um presídio de segurança máxima, de acordo uma reportagem do Fantástico no último domingo (12).
A repercussão do caso ocorre dias após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Gaeco, realizar novas operações contra a estrutura criminosa criada por Glaidson.
Segundo a acusação, ele contratou pistoleiros para eliminar concorrentes. Além disso, tinha uma organização de espionagem em seus alvos, além de contratar operações policiais contra empresas em Cabo Frio (RJ).
Durante a reportagem, o Fantástico conversou com membros do MPRJ que investigaram o suspeito. De acordo com eles, não há dúvidas de que Glaidson Acácio foi um perigoso mandante de crimes em Cabo Frio.
Utilizando empresas de fachada, ele contratava e pagava detetives particulares para seguir e registrar o cotidiano de concorrentes. Em posse das informações, pistoleiros altamente armados procediam ao cumprimento de assassinatos.
A reportagem conseguiu imagens que o grupo monitorou Wesley Pessano, jovem morto a tiros em São Pedro da Aldeia em um caso que chocou a Região dos Lagos no Rio em 2021. Chamada “Rei do Pullback”, ele supostamente irritou Glaidson dos Santos com suas operações, e sua morte foi encomendada.
O grupo também é suspeito de contratar uma Operação da Polícia Civil em Cabo Frio contra a Oregon Enterprise, para causar medo na região. Uma delegada e outros agentes policiais são suspeitos de receberem propina e estão em uma lista de investigados, afastados do serviço e sem licença para portar armas.
Com todo o episódio de violência associado a Glaidson Acácio dos Santos, ele teve novo pedido de prisão expedido pela justiça. Assim, mesmo sem condenação ainda, o suspeito segue tratado como uma pessoa perigosa, e podendo chegar em um presídio de segurança máxima no Brasil.
Em um início como Consultoria Bitcoin, a empresa de Cabo Frio foi renomeada para GAS Consultoria, afastando seu nome da imagem da moeda digital.
Mesmo assim, suas atividades se concentravam em fornecer a clientes promessas de rendimentos de 10% ao mês. Tais valorizações de patrimônio chamaram a atenção de investidores de toda a cidade, mas logo se expandiu para todo o Brasil.
Glaidson e seus líderes sustentavam que tinham uma grande operações com traders de criptomoedas experientes. Com as operações lucrativas supostamente lucrativas, ele “dividia” os lucros com investidores.
Com a Operação Kryptos da PF, ficou claro que tudo não passava de mais uma pirâmide financeira. A empresa não liberou mais saques a clientes e hoje responde a uma série de ações, de pessoas agoniadas em busca de reaver o patrimônio.
Mesmo preso, Glaidson tenta mudar sua imagem, mas os constantes episódios de violência associados a ele podem pesar.
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