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FMI diz que criptomoedas são um risco à estabilidade financeira global

O FMI também alertou que as stablecoins podem prejudicar a política fiscal ao permitir a evasão fiscal.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), no seu último relatório do mês de outubro, classificou as criptomoedas como um riscos para a estabilidade financeira global.

O relatório sugere que os países adotem políticas que possam controlar a crescente demanda por criptomoedas, que inclui o fortalecimento da política monetária, salvaguardando a independência dos bancos centrais e implementando “medidas legais e regulatórias eficazes para desincentivar o uso de moeda estrangeira”.

“Se prevê grandes riscos em termos de proteção para os investidores no âmbito de ‘criptoativos’ e finanças descentralizadas. Devido ao anonimato e a pouca regulação internacional a respeito”, disse o FMI.

O valor total do mercado de todas as criptomoedas superou os 2 trilhões de dólares em setembro de 2021, uma alta de 10 vezes desde o início de 2020.

Muitas das instituições e entidades não contam com praticas solidas de operação, gestão de governança e riscos.  Durante períodos de turbulência nos mercados, os preços das criptomoedas sofrem com volatilidade.

Também tem sido registrados vários casos de roubos de fundos dos clientes por cyber criminosos. Até agora estes incidentes não tiveram repercussões de forma notável na estabilidade financeira, mas conforme continuem ganhando aceitação, os criptoativos adquiriram maior importância em vista das possíveis implicações para a economia, disse o FMI.

As três maiores “ameaças”

Segundo a FMI, os maiores desafios que se encontram no ecossistema de criptomoedas são os riscos de operações (descontinuidade de serviço e perdas de fundos), cibernéticos (roubos e ataques) e de governança (falta de transparência em torno das emissões e distribuições de ativos criptográficos).

Uma migração das atividades de mineração para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento também podem ter graves implicações para os fluxos de capital, assim como o consumo energético.

As autoridades deveriam priorizar as aplicações de normas internacionais e vigilância para os criptoativos, de acordo com o FMI.

Stablecoins e DeFi

O FMI também alertou que as stablecoins podem prejudicar a política fiscal ao permitir a evasão fiscal.

A organização disse também que o uso de stablecoins como meio de pagamento e reserva de valor pode representar mais desafios, como o reforço das economias para alinhar suas moedas com o dólar americano.

Além disso, “o advento de criptoativos e stablecoins em mercados emergentes e economias em desenvolvimento pode acelerar os riscos de dolarização”, disse o FMI acrescentando que esses mercados podem enfrentar “fluxos de capital desestabilizadores” porque as criptomoedas são usadas ​​para contornar os controles de capital.

O relatório também menciona os riscos de proteção do investidor em DeFi, que diz estar “ganhando impulso ao oferecer novos serviços aos usuários”, e reservas inadequadas e divulgação limitada para algumas stablecoins.

Isso, de acordo com o FMI, pode prejudicar a capacidade dos bancos centrais de fazer política monetária e levar a riscos de estabilidade financeira por meio de descasamentos de moedas nos balanços de bancos, empresas e famílias.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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