Um homem apontado como possível líder e que estava foragido da justiça por envolvimento com o esquema Kriptacoin foi preso no Distrito Federal, após apresentar documento falso em uma abordagem policial na última segunda-feira (4).
No dia 21 de setembro de 2017, há pouco mais de quatro anos, a Operação Patrick encerrava um dos maiores golpes de pirâmide financeira no Distrito Federal envolvendo a imagem do Bitcoin. Chamado de Kriptacoin, o esquema prometia rendimentos para investidores que compravam uma nova moeda no mercado.
Com essa moeda “inovadora”, a empresa Wall Street Corporate oferecia rendimentos fixos de 1% ao dia. Após captar milhões de vítimas na capital brasileira, o golpe acabou chamando a atenção das autoridades.
A Operação Patrick foi deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e a Polícia Civil do DF, que cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e mais 18 de busca e apreensão. Na época, um dos suspeitos acabou não sendo encontrado pelas autoridades.
Os principais suspeitos do esquema foram apontados em crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, estelionato e pirâmide financeira. Ao todo 40 mil pessoas acreditaram no esquema, que movimentou R$ 250 milhões.
Condenado, mas foragido da justiça, líder da Kriptacoin é preso no Distrito Federal
Um dos 13 integrantes do esquema condenado pela justiça do DF é Uélio Alves de Souza, pela prática do crime de pirâmide financeira e organização criminosa, com pena de 7 anos e 8 meses de prisão e 397 dias-multa, em regime fechado.
No entanto, Uélio era considerado foragido da justiça desde que a condenação saiu e ele não foi encontrado. Tudo mudou então na última segunda, quando ele foi abordado por agentes da polícia civil no Distrito Federal.
Ao solicitar que o pintor apresentasse seus documentos, os agentes da lei perceberam que os documentos eram falsos. Dessa forma, o homem acabou sendo preso em flagrante pela PCDF, de acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles.
Para a investigação, Uélio era um laranja do esquema Kriptacoin, que criou a empresa com um nome fictício, com sede na cidade de Goiânia, outro território de atuação do esquema. Como já havia mandado de prisão em aberto, ele foi encaminhado ao regime fechado.
O golpe da Kriptacoin chamou a atenção pelo estilo de luxo dos líderes, que compraram veículos de luxo com o dinheiro das vítimas e ostentavam um alto padrão. Esse estilo era parte do esquema e foi apontado pela justiça como uma prática de lavagem de dinheiro.