Em uma atualização em sua página na última sexta-feira (10), o Fundo Garantidor de Créditos dos EUA (FDIC, sigla em inglês), disse que não consegue cobrir rombos no mercado de criptomoedas. O anúncio foi feito em um momento em que bancos ligados a empresas de criptomoedas estão colapsando.
Vale lembrar que Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), é uma instituição ligada ao Governo dos Estados Unidos.
Por depósitos bancários de pessoa física ou jurídica, o FDIC americano protege até US$ 250 mil por depositante. Ao esclarecer que não realizar proteção ligada a criptomoedas, o órgão público deixa claro que não vai impedir falências de empresas do setor.
Tipos de produtos de que o FDIC dos EUA não protege, além das criptomoedas
Por meio de sua página, o FDIC diz quais são os produtos financeiros que não protege, não sendo apenas as criptomoedas descobertas pela garantia.
De acordo com a página do órgão, ações e títulos também não contam com proteção a investidores. Os próprios títulos do tesouro estão descobertos da proteção, ou seja, uma quebra generalizada no mercado financeiro tradicional do país não protege muitos produtos, apenas os depósitos bancários.
Em fevereiro de 2023, uma corretora que atua no mercado de criptomoedas acabou recebeu um alerta por dizer para seus clientes que tinha proteção do FDIC. Ao perceber as promessas falsas, o serviço público dos EUA pediu que a plataforma parasse de mentir aos seus clientes.
Os casos recentes de quebras no mercado de criptomoedas já passam por análises em vários setores dos EUA, que estudam regulações severas ao setor.
Stablecoins e bancos no olho do furacão
A falta de proteção ao mercado de criptomoedas não é bem uma novidade, mas o reforço da informação pelo FDIC demonstra que o órgão de proteção de depositantes de instituições financeiras em caso de falência ou insolvência, não irá atuar de forma alguma, mesmo com escândalos crescentes.
Uma das maiores stablecoins do mercado já vem preocupando investidores, a USDC, que perdeu até a paridade com o Dólar em meio a corrida da saques. Vale lembrar que o lastro da stablecoin está em parte depositado em um banco dos EUA que está falindo, o Silicon Valley Bank.
Ainda não está claro aos investidores como a stablecoin emitida pela Circle vai se comportar nos próximos dias, mas a falha de um banco afeta uma das maiores stablecoins, utilizada em todo o mundo, inclusive no Brasil.