G7: “Bitcoin falhou como meio de pagamento e reserva de valor”

"As criptomoedas serviram como um instrumento altamente especulativo, e não como um meio de pagamentos”, escreveu o G7 no relatório.

Um relatório publicado pelas nações do Grupo dos Sete (G7) mostrou que as criptomoedas, incluindo o bitcoin, falharam em fornecer um meio de pagamento ou reserva de valor que seja tanto confiável como atraente. A Libra Association, reagiu ao documento dizendo que o Libra (criptomoeda do Facebook) vai operar com transparência e em parceria com os reguladores.

O estudo tem 30 páginas e investiga o impacto das stablecoins globais. No documento são abordados temas como: os desafios e riscos para políticas públicas, supervisão e regulamentação; a segurança jurídica; segurança, eficiência e integridade dos sistemas de pagamento; proteção de dados; proteção do consumidor e investidor, entre outros assuntos.

O G7, formado pela França, Estados Unidos, Japão, Canadá, Itália, Alemanha e Reino Unido considerou em seu relatório sobre stablecoins que as remessas ainda são lentas e caras. Para eles as stablecoins globais poderiam resolver alguns desses problemas, mas o grupo admite que eles também não estão livres de riscos e desafios.

Como explica o documento, as criptomoedas não são uma solução já que são “altamente voláteis”, têm limites de escalabilidade, interfaces de usuário complicadas e problemas de governança e regulamentação, além de ter outros desafios que ainda precisam ser enfrentados.

“Os criptoativos foram originalmente previsto para enfrentar alguns desses desafios. No entanto, até o momento, eles sofreram vários de limitações, pelo menos grave volatilidade de preços. Assim, os criptoativos serviram como um instrumento altamente especulativo da classe de ativos para certos investidores e aqueles envolvidos em atividades ilícitas, e não como um meio de pagamentos”, escreveu o G7 no relatório.

Já as stablecoins, não têm uma classificação internacional estabelecida e podem não ser estáveis, de acordo com o grupo. No entanto, como as stablecoins têm a capacidade de ser mais prontamente utilizáveis como meio de pagamento e armazenamento de valor, cabe aos emissores garantirem que as regulamentações sejam seguidas.

“O G7 acredita que nenhum projeto global de stablecoin deve entrar em operação até que os desafios e riscos regulatórios e de supervisão sejam abordados adequadamente, através de projetos apropriados e aderindo a uma regulamentação clara e proporcional aos riscos”.

Por fim, o G7 afirma em seu relatório que os governos de todo o mundo deveriam desenvolver roteiros para melhorar a eficiência e reduzir o custo de pagamentos e serviços financeiros. O grupo considera ainda que os bancos centrais, individual e coletivamente, devem avaliar a relevância da emissão de moedas digitais do banco central (CBDCs), em vista dos custos e benefícios em suas respectivas jurisdições.

Em resposta ao G7, a Libra Association, disse que o Libra stablecoin “operará com transparência e em parceria com os reguladores” e que a Libra “está sendo projetado para trabalhar com instituições reguladoras existentes e aplicar as proteções que eles fornecem ao mundo digital e não para romper com elas ou enfraquecê-las”, explicou.

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Natália Oliveira
Natália Oliveira
Jornalista desde 2011. Já atuou em grandes mídias de Minas Gerais. Tem interesse por tecnologia e economia.

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