Gerente do Banco do Brasil é acusado de roubar R$ 60 milhões em fraude

Banco não é wallet.

As fraudes bancárias são comuns em diversos ambientes e enquanto podem ser realizados por clientes das instituições, algumas vezes são os próprios gerentes que participam do esquema.

No Paraná, a Polícia Civil está desde às primeiras horas da manhã dessa terça-feira cumprindo mandados de busca e apreensão para apurar o envolvimento de um gerente do Banco do Brasil em uma fraude de R$ 60 milhões.

Além do gerente, a polícia também está investigando um microempreendedor que teria tido participação ativa no esquema. Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos.

De acordo com notícias locais, 10 polícias civis estão nas ruas realizando os mandatos nas cidades de Maringá, Loanda e Porto Rico, cidades localizadas no interior do estado.

Polícia Civil cumpre mandatos de busca e apreensão Foto: Divulgação/Polícia Civil
Polícia Civil cumpre mandatos de busca e apreensão Foto: Divulgação/Polícia Civil

As investigações começaram ainda em outubro de 2019 e foram iniciadas após a própria agência do Banco do Brasil ter denunciado o fato para a Polícia Civil do Paraná.

De acordo com o relatado, o gerente geral de uma agência bancária, na região Noroeste do estado, supostamente alterava as senhas dos gerentes subordinados para efetuar transferências para a conta de um microempreendedor.

O empresário então transferia o valor em montantes fracionados para três contas jurídicas diferentes. Ao todo, com essas movimentações, a dupla teria roubado mais de R$ 60 milhões da instituição financeira.

Ainda de acordo com a investigação, as senhas dos gerentes subordinados foram alteradas porque, para realizar transferências de altos valores, é necessário a concessão de três usuários. Portanto, o gerente geral se passava pelos seus subordinados para realizar a fraude.

De acordo com as informações iniciais, os funcionários que tiveram a senha alterada não participaram da fraude de forma alguma.

O gerente que está sendo investigado teria também utilizado o login de uma outra gerente que atua em São Paulo para não ser identificado. Com essa senha, o acusado teria utilizado o sistema para realizar a transferência.

As investigações continuam sendo realizadas pela Polícia Civil para tentar identificar mais participantes do esquema.

Fraudes Bancárias não são incomuns

Esse tipo de fraude não é incomum em todo o setor financeiro e bancário. Existem histórias de bancos que aplicam fraudes em seus clientes, investindo o dinheiro em esquemas de ponzi ou então são utilizados em esquemas de lavagem de dinheiro do crime organizado, como já foi mostrado na série “Na Rota do Dinheiro Sujo”, disponível na Netflix.

O problema é que o dinheiro dessas instituições não pode ser fiscalizado pelo público comum, afinal, o livro registro é completamente privado. Esses golpes acabam sendo expostos apenas pela própria instituição, quando são.

No caminho oposto, a natureza do Bitcoin e da Blockchain permite que valores sejam identificados de forma mais fácil e movimentações suspeitas e valores “desparecidos” não se tornam grandes segredos.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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