Golpes com Bitcoin que usam imagens de celebridades fazem parte de um esquema mundial extremamente organizado que é orquestrado da Rússia, de acordo com uma investigação do The Guardian. Os anúncios com golpes parecem estar crescendo e diante da ameaça o site lançou uma investigação que concluiu que há um grupo de golpistas operando o grande golpe de Moscou.
O site conseguiu encontrar nome de pessoas que registraram centenas de sites, todos com endereços em Moscou. O golpe também tem domínios na Ucrânia, de acordo com um Relatório de Crime Organizado e Corrupção, ou OCCRP, que descobriu que informações das vítimas do golpe com Bitcoin também foram compartilhados com empresas que oferecem outros investimentos de risco, como opções binárias, forex, etc.
Desde 2018 uma quantidade significativa de anúncios com Bitcoin aparecem para diversas pessoas no mundo todo, os golpistas usam imagens de várias celebridades sem autorização em artigos que promovem golpes de investimento em criptomoedas.
Muitos dos golpes prometem grandes lucros sobre atividades que variam de investimento em criptomoedas a mineração. Aqui no Brasil eles já usaram imagens de Tiago Leifert, Whindersson Nunes, Jorge Paulo Leman, Bolsonaro, e muitos outros.
Conforme publicado pelo Livecoins em novembro, os golpistas estavam anunciando as fraudes em anúncios nativos em vários sites do Brasil. Assim, o alcance era muito maior e parecia muito mais legítimo.
Os anúncios nativos são aquelas matérias que aparecem no fim das páginas com a descrição de “recomendado para você”, ou “leia mais”.
Um desses golpes apareceu no site The Guardian e uma das vítimas ameaçou processar a agência de notícias.
O site então iniciou sua própria investigação e descobriu que os anúncios fraudulentos aparecem em vários sites de notícias há pelo menos dois anos oferecendo dinheiro rápido e fácil. A tática é eficaz, uma celebridade em um site de notícias respeitado.
Um aposentado de 80 anos perdeu mais de R$ 400 mil após acreditar em um dos anúncios com um famoso que apareceu no The Guardian da Austrália.
Além dos sites de noticias, os anúncios aparecem também no Google e Facebook.
O Google disse estar lutando para bloquear os anúncios e abriu uma investigação, já que dois dos endereços de e-mail estavam vinculados a contas do Gmail. De acordo a reportagem, a gigante das buscas removeu mais de 5 mil anúncios fraudulentos por minuto no ano passado – um total de 2,62 bilhões. No entanto, a empresa disse que “os golpistas estão constantemente desenvolvendo seus métodos.”
O Facebook também admitiu que acha difícil impedir todos os anúncios.
Agora os dados encontrados pela reportagem foram enviados para as autoridades e seguem sob investigação. Enquanto isso, os anúncios continuam aparecendo em diversos sites e redes sociais, por isso os usuários precisam estar em constante vigilância e não acreditar em nenhum anúncio que promova lucro rápido e fácil com criptomoedas.
O Livecoins encontrou uma lista de empresas suspeitas que usam esta tática aqui no Brasil, você pode ver abaixo: