Richard Dexter, conhecido como o Golpista do Tinder do Reino Unido pode pegar dois anos adicionais na cadeia por, supostamente, ter perdido acesso aos seus bitcoins. Tais criptomoedas deveriam ser usadas para ressarcir sua vítima, o caso foi acompanhado pelo Portsmouth News.
Entretanto, é importante notar que Dexter não é a mesma pessoa que inspirou o seriado O Golpista do Tinder da Netflix. Este era Simon Leviev. Contudo, a história de ambos é bem semelhante, tanto nos golpes quanto nas afirmações de que possuem criptomoedas.
No caso de Simon, ele afirma que virou rico após comprar Bitcoin em 2011. Já Dexter afirmou ter perdido acesso às suas criptomoedas logo após afirmar possuir uma grande quantia investida.
Golpista do Tinder do Reino Unido
Em um caso envolvendo um suposto golpe de 141.000 libras esterlinas, equivalente a 865 mil reais, a vítima tenta reaver este montante enviado a Richard Dexter após o mesmo ter afirmado possuir £ 4,2 milhões (R$ 25 milhões) em investimentos.
Conhecido como “o golpista do Tinder do Reino Unido”, Dexter foi preso há dois meses e, na oportunidade, alegou possuir 200.000 libras esterlinas (R$ 1,2 milhão) em Bitcoin.
Contudo, ao ser pressionado para usar este montante para ressarcir a vítima, Dexter afirmou que não possui acesso a sua carteira, durante a audiência mais recente. Indo além, também negou os valores ao botar a culpa na volatilidade da criptomoeda.
“Não tenho acesso [à carteira]. [O preço das] criptomoedas flutua minuto a minuto.”
Indo além, Dexter afirmou que o juiz do caso estaria “colocando a carroça na frente dos bois”, lembrando que possui um recurso em andamento e que não poderia devolver o montante antes disso.
Segundo informações do Portsmouth News, o “Golpista do Tinder do Reino Unido” poderá passar dois anos adicionais na cadeia caso não consiga acessar tal carteira. Até o momento, Dexter já está cumprindo uma pena de quatro anos e meio por este caso.
Golpes em tais aplicativos são comuns
Usando a confiança das vítimas, tais golpistas afirmam ser investidores de sucesso para que as mesmas enviem dinheiro a eles. Entretanto, obviamente tudo é uma farsa e o golpe já causou até mesmo um suicídio neste ano.
Além dos casos internacionais, tendo tanto homens quanto mulheres no radar, tais golpes já foram denunciados até mesmo no Brasil. Mais arquitetados do que golpes com envios diretos de dinheiro, outros utilizam plataforma intermediárias, atraindo pessoas para pirâmides financeiras.
Portanto, a dica é nunca confiar seu dinheiro a ninguém. Afinal, embora os suspeitos dos dois casos — citados no começo desta matéria — sejam conhecidos, tais golpistas podem usar identidades falsas. O que além de tornar as investigações mais difíceis, também aumenta a chance deste dinheiro não ser reavido.