Nova licitação do governo intensifica esforços no rastreio de bitcoin (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Lula abriu nesta terça-feira (17) um novo edital para contratar um programa que permite localizar e rastrear bitcoin e outras criptomoedas. A medida deve valer para 36 meses após a contratação.
Em específico, a Secretaria Nacional de Segurança Pública é a autora do novo pregão, em edital que começa a receber propostas a partir do dia 4 de julho de 2025. Para participar no processo, empresas interessadas devem ter cadastro no sistema de Compras do Governo Federal.
“O objeto da presente licitação é a contratação de software para localização, rastreamento e análise de transações com criptoativos, baseadas em blockchain, destinado a atender a demanda da Secretaria Nacional de Segurança Pública e demais órgãos participantes, conforme condições, quantidades e exigências estabelecidas neste Edital e seus anexos“, diz o edital consultado pela reportagem.
Outro ponto que chama atenção no novo edital público emitido pelo Governo Lula para contratação de um programa para rastrear bitcoin e criptomoedas é o local de entrega das soluções.
Isso porque, os softwares devem ser entregues nas cidades de Aracaju/SE (4 unidades), Belo Horizonte/MG (1), Boa Vista/RR (2), Brasília/DF (19), Cuiabá/MT (1), Curitiba/PR (8), Florianópolis/SC (1), Goiânia/GO (2), João Pessoa/PB (2), Maceió/AL (2), Manaus/AM (2), Natal/RN (1), Palmas/TO, (1), Porto Alegre/RS (1), Teresina/PI (4).
Ou seja, 15 das 27 capitais federais devem receber cópias do novo software, se destacando que as maiores metrópoles São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) ficam de fora.
O edital deixa claro que as empresas brasileiras tem benefícios ao participar do pregão. Além disso, informa que todas devem estar regulares, sem sanções ou impedimentos que a impeçam de participar do processo.
Para o pregão, o governo brasileiro indica que espera um treinamento para seus funcionários, assim como atualizações do software até o final do contrato.
E além do bitcoin, a empresa deve oferecer uma solução que rastreia Ethereum (ETH), Ethereum Classic (ETC), Tron (TRX), BNB (BNB), Dash (DASH), Dogecoin (DOGE), XRP (XRP), Polygon (MATIC) e Avalanche (AVAX).
Para o futuro, as atualizações devem liberar mais blockchains para consulta, diz o edital. Um dos tópicos prevê até “efetuar consulta de, no mínimo, endereço IP, cidade, país e, receber na resposta os endereços de criptoativos conforme parâmetro de busca utilizado“.
O edital ainda mostra em determinado momento que houve uma avaliação da EUROPOL sobre quatro ferramentas. Uma da Chainalysis se destacou nos resultados, seguida pelas soluções da TRM Labs, Elliptic e CipherTrace em último lugar.
Para justificar a contratação da solução, o governo deixa claro que pretende melhorar o combate à criminalidade.
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