Dois hackers foram presos em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal na última quinta-feira (12), após exigirem 50 bitcoins como pagamento pelo resgate em um ataque contra um banco de Brasília.
Os suspeitos operavam de São Paulo e Santos, e acabaram sendo alvos da Operação “Black Hat”, que apura os crimes de estelionato digital.
O nome do banco alvo do grupo criminoso não foi revelado pelas autoridades, que ainda apuram as atividades dos envolvidos. No entanto, segundo informações do Metrópoles, o Banco de Brasília (BRB) era o alvo do grupo.
Grupo hacker que alegava invasão em banco de Brasília tem dois membros presos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou a Operação Black Hat para apurar crimes no setor bancário.
Na ação dos criminosos, eles pediram o equivalente a R$ 5,2 milhões de resgate para não vazar acessados dados do banco. O pagamento deveria ser em bitcoin.
Em apuração, ficou claro que os criminosos moravam no Estado de São Paulo. A justiça expediu três mandados de busca e apreensão na capital e mais dois na cidade de Santos. No litoral paulista, os mandados de prisão foram cumpridos no domicílio de dois suspeitos.
A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) colaborou nas investigações e cumprimento de mandados de buscas e apreensão expedidos contra os suspeitos.
Em nota, a PCDF declarou que os crimes apurados envolvem crimes de extorsão e invasão de dispositivos eletrônicos de terceiros.
“Trata-se de investigação relacionada ao Inquérito Policial tramitando em Vara Criminal de Brasília, instaurado com o objetivo de identificar a autoria dos crimes de extorsão (art. 158 do CP) e de invasão de dispositivo informativo (art. 154 – A do CP).”
Crime ocorrido em outubro de 2022
Segundo a apuração da Polícia Civil do Distrito Federal, um grupo criminoso tentou invadir a infraestrutura de um banco na capital do Brasil. A ação aconteceu no mês de outubro de 2022, mas aparentemente não teve o êxito esperado pelos criminosos.
Ao pedir o pagamento de resgate em bitcoins, os criminosos ameaçaram vazar dados dos clientes do banco na internet, quando cometeram o crime de extorsão.
Inicialmente, os criminosos tentaram ocultar suas identificações, dotados de conhecimentos ligados a atividade hacker. Contudo, após diligências, as autoridades chegaram até os suspeitos.
De acordo com as autoridades que apuram o caso, os suspeitos responderão a pelo menos três crimes, podendo pegar penas de até 17 anos. São eles os crimes de extorsão, invasão de dispositivo informático e associação criminosa.
Por fim, o nome da operação, Black Hat, faz menção ao termo utilizado na internet por pessoas que tentam acessar informações de terceiros sem autorização. Crimes cibernéticos também costumam receber esse nome.