Poupança/Pixabay
O tema DeFi está em alta em 2020, com algumas inovações sendo destaque com criptomoedas ligadas a Ethereum. Chamou atenção nos últimos dias para um idoso, que colocou sua poupança toda em uma criptomoeda ligada a este mercado, após bancos “fecharem as portas” para ele.
O caso todo teria acontecido na Argentina, país vizinho ao Brasil e que sofre com alta inflação. Por lá, a moeda nacional, Peso Argentino, que é emitida pelo Banco Central, tem registrado uma das piores inflações de todos os tempos. O caso é tão grave que a situação na Argentina chega a ser comparada a da Venezuela.
Com uma população em sofrimento, o refúgio encontrado tem sido nas criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo. Além disso, criptomoedas com valor estável, lastreadas em dólar, também tem sido buscadas pelos argentinos.
A poupança é o ato de não gastar um recurso assim que este é recebido, ou seja, guardar para um momento futuro. No Brasil, a poupança é afetada pela taxa básica de juros, que com o corte feito pelo Banco Central na última semana, deixa a caderneta com rendimento real negativo.
Mesmo assim, a poupança é uma forma popular de guardar dinheiro, não apenas no Brasil. Na Argentina, com uma crise financeira, alta inflação e dúvidas com o governo, um idoso de 75 anos resolveu sair do sistema financeiro tradicional.
Sua válvula de escape foi a criptomoeda MakerDAO (DAI), escolhida pelo idoso para ser sua nova poupança. O preço da DAI tende a ser igual ao de um dólar, sendo essa uma stablecoin presente entre as 40 maiores criptomoedas em valor de mercado.
A notícia de que o idoso estaria com a poupança em DAI chamou atenção da comunidade dessa moeda. De acordo com Mariano, que trabalha para a MakerDAO, esse é um caso claro de inclusão financeira.
O idoso teria buscado empréstimo em bancos, e sempre encontrava dificuldades antes. Mas ao se deparar com um problema com a DAI, a equipe da Buenbit ajudou ele. O idoso relatou que ficou grato pela existência das criptomoedas, que acredita que dará um futuro melhor para as pessoas, além da realidade que muitos no passado viveram.
Se a DAI é uma criptomoeda que fez a alegria de um idoso na Argentina, no Brasil ela começa a aparecer nos holofotes. Em julho de 2020, por exemplo, a DAI foi listada na corretora BitcoinTrade. Quando a corretora listou essa criptomoeda, o pensamento foi de listar uma moeda pareada em dólar, levando aos clientes a possibilidade de exposição ao dólar.
Em conversa com Caio Vicentino, embaixador brasileiro da MakerDAO, ele contou mais sobre o projeto. Na visão do entusiasta, a “DAI seria o que há de mais inovador na tecnologia das stablecoins“. A DAI é uma das únicas stablecoins descentralizadas, que não podem ser bloqueadas dentro das carteiras.
A moeda pode até ser utilizada para poupança, obtendo uma taxa de juros. Com uso conjunto de aplicações DeFi, o DAI também pode ser rentabilizado, apontou Caio. Com a DAI, interessados em poupar dinheiro podem fazê-lo sem a necessidade de abrir contas bancárias.
A única forma de emitir DAI é dando garantias, que pode ser em Ethereum, Bitcoin e outras criptomoedas mais, processo que é chamado de colateral (lastro). Essa emissão tem que ser aprovada pela governança da moeda, o banco central da DAI, que são os detentores do token Maker.
Caio destacou que o risco maior da DAI é de uma falha no contrato da moeda, algo que poderia ser difícil hoje. Isso porque, a moeda e seu contrato já funcionam desde 2018, com várias operações já realizadas.
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