O governo americano revelou nesta terça-feira (13) dados sobre a inflação mensal de abril. Esperada para 2,4% ao ano, a inflação veio abaixo dessas previsões, atingindo 2,3% e se aproximando da meta do Fed.
Embora isso pudesse animar investidores de Bitcoin e outros ativos, a maior criptomoeda do mercado não teve grandes movimentos após a divulgação dos dados.
Isso porque muitos acreditam que a inflação americana ainda não refletiu os impactos das tarifas americanas contra outros países. Ou seja, o Banco Central dos EUA deve manter a economia apertada por mais tempo.
Inflação americana abaixo do esperado, mas mercado não acredita em corte nos juros
Enquanto a inflação americana de março ficou em −0,1%, dados mostram que produtos e serviços tiveram uma alta de 0,2% nos EUA no mês de abril. A expectativa era de um aumento de 0,3%.
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Dentre os destaques estão os serviços de energia, que ficaram 1,5% mais caros, em especial para serviços de gás encanado (3,7%). Do outro lado, o preço dos alimentos cai 0,1%, já o preço de carros e caminhões usados cai 0,5%.
No ano, a inflação americana fica em 2,3%, bem próximo à meta do Fed de 2%.
Embora isso pudesse animar os mercados, as principais criptomoedas operam sem grandes oscilações. Bitcoin (BTC) cai 0,5% nas últimas 24 horas, Ether (ETH) cai 0,6%.
Ambas operam em forte alta na semana, de 10,7% e 44,4%, respectivamente, o que pode ter contribuído para essa falta de movimento.
Além disso, a atenção fica para a política monetária do Fed. Segundo a Ferramenta CME FedWatch, espera-se que o BC americano mantenha os juros entre 4,25% a 4,5% na reunião de junho. A probabilidade disso acontecer é de 91,8%.
Antes da guerra comercial americana escalar, a expectativa era de que o Fed fizesse um corte de 0,25% nesta reunião.
A preocupação é de que o ‘tarifaço de Trump’ tenha efeitos inflacionários na economia americana, algo que pode estar fora deste relatório de inflação. O presidente americano, por outro lado, está pressionando Jerome Powell para iniciar cortes.
EUA e China anunciam trégua nas tarifas
Após uma escalada nas tarifas entre EUA e China, que alcançaram 125% de um lado e 145% do outro, os países chegaram a uma trégua nesta segunda-feira (12).
O acordo é que as taxas caiam para 10% por 90 dias. Antes disso, o lendário investidor Ray Dalio afirmou que o que estava por vir dessa guerra comercial era pior que uma recessão.
Embora os mercados estejam aliviados com esse acordo, o sentimento que fica é o de imprevisibilidade, especialmente para o Fed.