Um investidor desatento perdeu R$ 22 milhões em criptomoedas em uma única transação nesta quarta-feira (20). Segundo as informações, ele teria caído em um golpe de phishing ao entrar em um site falso de uma corretora de criptomoedas.
Dados on-chain apontam que o endereço do golpista está ativo há pouco mais de seis meses, contando com centenas de transações. No entanto, essa foi de longe a maior quantia que passou pela carteira.
Investidor cai em golpe e perde R$ 22 milhões
Sem apresentar muitos detalhes, o perfil da Scam Sniffer aponta que a vítima teria caído em um golpe de phishing, ou seja, acessou um site falso e concedeu acesso a sua carteira para os hackers.
“Alguém retirou US$ 4,46 milhões [R$ 22 milhões] da Kraken para uma falsa exchange de mineração de criptomoedas da Coinone há cerca de 1 hora.”
someone withdrew $4.46 million from Kraken to a fake Coinone crypto-mining exchange about 1 hour ago.https://t.co/ued55jlWdM pic.twitter.com/tsV5BGDY0O
— Scam Sniffer (@realScamSniffer) September 20, 2023
Conforme a Tether pode congelar esses fundos e então devolvê-los à vítima, os hackers foram rápidos para despejar os US$ 4,46 milhões em USDT.
Segundo informações da PeckShield, o montante foi convertido para uma stablecoin descentralizada, a Dai (DAI), que então foram enviadas para quatro endereços diferentes.
Em outro tuíte, a Scam Sniffer aponta que golpes do tipo são comuns. No total, cerca de 22.000 pessoas já foram vítimas de tais crimes, que somados chegam a um total de R$ 1,7 bilhão (US$ 337 milhões).
“Você pode conhecer esse tipo de golpe como mineração de aprovação de USDT, retornos de investimento falsos, rendimentos falsos, abate de porcos, Sha Zhu Pan, golpes de mineração de liquidez, golpes de vouchers de mineração, etc.”
Por fim, os números podem ser ainda maiores. Afinal, a página revela que a métrica usada só registra transações de USDT no Ethereum. Ou seja, ignora transações de ETH, outros tokens ERC-20, NFTs e outras stablecoins.
Como se proteger de tais ataques
A página também revela alguns casos passados, trazendo depoimentos de algumas vítimas. Em sua vasta maioria, os exemplos apontam que os golpistas iniciam conversas em redes sociais, ganhando a confiança das vítimas até que elas abram a guarda.
“O golpe normalmente começa com uma mulher asiática mais jovem fazendo contato com a pessoa via Linkedin, WhatsApp, Telegram, Line ou outra plataforma social. Eles ganharão amizade e confiança com o tempo, muitas vezes conversando todos os dias durante meses”, alerta o site. Após isso, a mulher “irá apresentá-lo à renda passiva, criptomoedas e/ou oportunidades de negócios”.
“A mulher então orienta o usuário até o site falso para que ele possa “investir” seu dinheiro real. Esses sites variam na aparência e nas promessas feitas, mas todos geralmente instruem o usuário a “depositar” seu USDT no site para fazer algo.”
Seguindo, os golpistas continuam roubando o dinheiro das vítimas até a última moeda, sem deixar que elas percebam que caíram em um golpe. O relatório completo pode ser acessado no site da Dune Analytics.
Portanto, a recomendação é a utilização de serviços bem estabelecidos no mercado, tanto de corretoras quanto carteiras, evitando acessar sites suspeitos. Por fim, suspeitar de qualquer contato por meio de redes sociais.