Um investidor de Goiânia enfrenta uma luta para reaver suas criptomoedas Shiba Inu (SHIB) que foram roubadas da sua conta na Binance, o caso ocorreu após ele ter seu chip de telefone clonado.
Manter criptomoedas guardadas em corretoras é uma prática de alto risco, visto que as plataformas possuem falhas que costumam ser exploradas por hackers.
Quando os clientes vinculam suas contas de e-mail ou telefone celular em corretoras, eles seguem suscetíveis a ataques cibernéticos.
Investidor perde Shiba Inu em ataque e justiça se diz incompetente para julgar o caso
Com 53.424.530,34 milhões de Shiba Inu depositados na Binance, um brasileiro investidor perdeu todas suas posses em menos de 2 horas.
Tudo aconteceu após ele ter seu chip da operadora Oi clonado, momento em que os criminosos acessaram sua conta e sacaram os valores, deixando o investidor sem nada. A vítima cancelou a linha da Oi e registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia de crimes cibernéticos.
Procurada no suporte, a Binance disse que não poderia ajudar e que seu cliente deveria ter mais cuidado na próxima vez. Revoltado, ele processou a operadora Oi e uma empresa que representava a Binance no Brasil.
A Binance ainda não se manifestou sobre o caso no processo, visto que o cliente incluiu sua ex-parceira Capitual como representante no Brasil, que se defende informando não ter relações com a corretora.
A defesa da Oi disse que a justiça de Goiás não tem competência para julgar o caso, que precisa de análise pericial. Como há documentos apresentados pelo cliente em inglês, a justiça também disse que eles devem ser traduzidos por um oficial.
Ao apreciar o caso nos últimos dias, o juiz de Goiânia se disse incompetente para julgar o caso e encerrou a disputa. O cliente deve recorrer para reabrir o processo ou pode perder a chance de se defender sobre o caso.
“Diante desses fatos, é impositivo acolher a tese da defesa apresentada pela Oi, de incompetência deste Juizado para apreciar o pedido inicial, dada a necessidade de perícia. Ora, é indispensável a constatação sobre a suposta falha de segurança da operadora, que teria possibilitado a clonagem do chip, o que demanda conhecimento técnico específico para tanto.”
Casos de roubos de criptomoedas envolvendo operadoras de telefonia crescem no Brasil
Nos últimos meses, muitos investidores brasileiros que tinham criptomoedas em corretoras tiveram o dissabor de perder suas posses em incursões cibernéticas.
Um dos casos ocorreu contra a operadora Claro, que detonou o aplicativo da Binance após um brasileiro ter seu chip clonado e perder bitcoins.
Para evitar problemas assim, é importante que investidores que deixam seus recursos parados em corretoras façam autenticação de dois fatores com aplicativos como Google Autenticator ou Authy.
Em nota oficial da Binance enviada ao Livecoins (leia aqui), a corretora disse que reforça suas medidas de segurança para seus usuários.