Esse é o segundo golpe do tipo na semana. Foto de Mikhail Nilov/Pexels.
Um investidor perdeu 783 bitcoins na última terça-feira (19) após cair em um golpe de engenharia social. A quantia está avaliada em cerca de R$ 500 milhões. As informações foram apresentadas por ZachXBT, famoso investigador independente, nesta quinta-feira (21).
O caso aconteceu no mesmo dia em que autoridades do País de Gales revelaram um roubo de R$ 15,5 milhões em bitcoins que estavam armazenados a frio em uma carteira de hardware.
O texto aponta que os criminosos se passaram por policiais para fazer com que a vítima acessasse um site malicioso e inserisse sua frase-semente (12 ou 24 palavras que davam controle aos seus fundos).
Embora não fique claro se as duas histórias tem ligação, dado que as fontes possuem linhas de investigação diferentes, elas chamam a atenção para a sofisticação desses ataques.
Dados on-chain analisados por ZachXBT apontam que o roubo de 783 bitcoines (R$ 496 milhões) aconteceu na última terça-feira (19). Nos dias seguintes, os hackers iniciaram um processo para dificultar o rastreamento das moedas.
“Uma vítima caiu em um golpe de engenharia social e perdeu 783 BTC após golpistas se passarem pelo suporte ao cliente de uma corretora e de uma carteira de hardware.”
“Os fundos roubados começaram a ser movimentados, e depósitos na Wasabi foram feitos pelo agente da ameaça”, adicionou Zach.
Questionado sobre mais detalhes, Zach comentou que isso acontece “porque há tantos vazamentos que deixam as suas informações pessoais amplamente disponíveis na internet, permitindo que agentes mal-intencionados as explorem”.
No caso relatado pela Polícia do País de Gales, as autoridades também acreditam que o golpe partiu de um vazamento de dados e comentaram sobre a existência de uma tendência de crimes contra investidores de longo prazo que usam carteiras de hardware.
O vazamento de dados de clientes da Ledger, famosa fabricante dessas carteiras, pode ter ligação com os golpes.
Ao que tudo indica, trata-se de dois casos diferentes. Primeiro pelos valores (R$ 15,5 milhões vs R$ 500 milhões), segundo pela descrição dos roubos, um deles com criminosos se passando por policiais e o outro com os golpistas fingindo ser das equipes de suporte de uma corretora e de carteira de hardware.
Independente disso, é possível que se trate do mesmo grupo devido já que os ataques aconteceram no mesmo dia..
Ainda respondendo aos comentários de seus seguidores, Zach disse que os golpistas não são da Coreia do Norte, como alguns acreditaram. Na sequência, também recomendou que as pessoas assumam que todas as ligações e e-mails recebidos devem ser tratados como sendo um golpe.
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