Investidor processa corretora após tomar golpe no mercado P2P

O investidor comprou US $ 800 mil (cerca de R$ 4.6 milhões) em uma criptomoeda de um vendedor indicado pela corretora, no entanto, o suposto vendedor sumiu sem entregar as criptomoedas.

Muitas vezes quando ouvimos falar de investidores que processam corretoras esperamos que seja por travamento de contas ou saldos bloqueados, mas um caso recente chamou atenção por ser um investidor que processou uma exchange por ter perdido dinheiro no mercado P2P da empresa. 

O caso, que é o primeiro do tipo na Austrália, é um pouco complicado, mas envolve um francês e a empresa de criptomoedas Modern Assets. De acordo com notícias locais o caso foi levado até a Corte Federal da Austrália, com o autor, Alexandre Raffin, acusando a empresa e seus diretores de quebra de dever de cuidado.

Algumas corretoras de criptomoedas oferecem um mercado peer-to-peer (P2P), ou seja, os negociantes podem comprar e vender entre si, com a intermediação da empresa sendo receber, manter e repassar os valores envolvidos.

Neste caso, o investidor comprou US $ 800 mil (cerca de R$ 4.6 milhões) em uma criptomoeda de um vendedor indicado pela corretora, no entanto, o suposto vendedor sumiu sem entregar as criptomoedas.

Investidor foi enganado no mercado P2P e culpa a corretora

Tudo começou quando Raffin teve interesse em comprar uma altcoin chamada Klaytn (KLAY) em um negócio que ele achou que seria bem lucrativo. Raffin entrou em contato com a empresa de criptomoedas da Austrália e, supostamente, a empresa iria realizar a venda das criptomoedas.

No entanto a negociação acabou dando errado e ao invés de intermediar diretamente a compra, a corretora decidiu colocar Raffin em contato com um vendedor P2P da altcoin.

Desde então o preço da criptomoeda KLAY aumentou mais de 30 vezes.
Aumento de preço da Klaytn. Fonte: CoinMarketCap
De acordo com os documentos levados à corte, caso Raffin tivesse recebido as altcoins que ele comprou, ele teria cerca de US $ 3.7 milhões atualmente, pouco mais de R$ 21 milhões.

Prejuízo atingiu outras pessoas

O caso fica um pouco mais grave pelo fato de Raffin ser um gerente de ativos para outros clientes e o dinheiro que ele usou para a negociação era justamente de outros investidores que confiavam nele.

Por causa disso o prejuízo acabou afetando muitas pessoas e foi um momento muito difícil para ele.

“Eu apenas fui até o meu balcão de negociação e chorei. Eu precisava parar e pensar um momento.”

Para honrar com seu compromisso com os clientes que confiaram nele, Raffin decidiu pagar o prejuízo do próprio bolso, o que acabou drenando quase toda a sua reserva pessoal.

“Foi algo muito dolorido financeiramente. Na época foi cerca de 80% de todos os meus ativos. Foi algo muito difícil de fazer”

Raffin chegou a contratar uma empresa de investigação cibernética para tentar encontrar o dinheiro roubado, mas no fim ele acabou tendo que apelar para a justiça.

A acusação alega que a Modern Assets não realizou as diligencias necessárias para garantir que o vendedor indicado fosse legítimo, sendo assim, os advogados do autor afirmam que a corretora auxiliou uma conduta criminosa.

Os advogados da corretora disseram que as acusações são infundadas e que não vão comentar mais sobre o assunto.

O caso agora corre na justiça.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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