Um estudo da Anbima revelou que mais de 59 milhões de brasileiros investem em produtos financeiros. O líder das escolher continua sendo a poupança, representando 23,4% da população, já investimentos em criptomoedas chegam a 4,1%, superando ações (2,8%).
Outro destaque é a diferença de perfis entre investidores gerais e de criptomoedas. Enquanto homens e mulheres se equilibram no primeiro caso, o mercado cripto é dominado pelo sexo masculino.
Além disso, o Bitcoin e outras criptomoedas são mais buscados por jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e em famílias com uma renda mensal mais elevada.
Investidores brasileiros de criptomoedas são mais jovens e ricos, revela Anbima
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) entrevistou 5.846 pessoas para publicar seu 8º Raio X do Investidor Brasileiro. Enquanto a poupança segue na liderança, as criptomoedas (moedas digitais) aparecem na 5ª posição.
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- Poupança: 23,4%
- Título privado: 6,3%
- Investimento não financeiro: 6,4%
- Fundos: 5,3%
- Moeda digital: 4,1%
- Ações: 2,8%
- Previdência: 2,3%
- Título público: 2%
- Moeda estrangeira: 1,3%
O estudo evidência as diferenças entre investidores. Enquanto a idade média dos investidores brasileiros é de 43,1 anos, esse número cai para 29,7 entre aqueles que investem em criptomoedas.
Como exemplo, enquanto a geração X (44 a 63 anos) e millennials (29 a 43 anos) são dominantes no quadro geral, representando 33% e 28,5%, respectivamente, o mercado de criptomoedas é dominado pela geração Z (16 a 28 anos), que representam 57,2% desse mercado.
Outras diferenças evidentes estão relacionadas a renda familiar e gênero. No geral, mulheres representam 51,5% dos investidores brasileiros, mas essa porcentagem cai para 31,3% no mercado cripto.
Em relação à renda, o principal grupo de investidores de criptomoedas ganha entre 3 a 5 salários mínimos (R$ 4.237 a 7.060). Em contraponto, a faixa predominante é entre aqueles que ganham até 1 salário mínimo (R$ 1.412) no quadro geral.
A primeira imagem abaixo mostra o perfil do investidor brasileiro em geral. A segunda mostra dados sobre investidores brasileiros de criptomoedas.
Bancos são o principal meio pelo qual brasileiros investem em criptomoedas
Tanto em investimentos gerais quanto especificamente em criptomoedas, brasileiros possuem o mesmo sonho, comprar uma casa própria.
Na sequência aparecem a necessidade de ter dinheiro guardado para emergências, comprar um carro/moto e aposentadoria.
Segundo o estudo da Anbima, 6 a cada 10 brasileiros compram criptomoedas através de aplicativos de bancos.
O texto aponta que o investidor de criptomoedas busca informações através de seus próprios bancos, seguido por amigos/pares, influenciadores financeiros, sites de notícias e consultorias/casas de análise.
Além de criptomoedas, esses mesmos investidores tendem a escolher outros investimentos para diversificar seus portfólios, incluindo fundos (22,5%), ações (18,8%), título privado (18,3%) e poupança (15%).
Investidores brasileiros de criptomoedas pensam diferente sobre aposentadoria
Em relação às diferenças, o estudo mostra que o investidor brasileiro de criptomoedas pretende se aposentar com 55,2 anos, cerca de 3,4 anos antes da média geral.
Enquanto 18,3% dos brasileiros já começaram a economizar para sua aposentadoria, esse número sobe para 38,4% entre os investidores cripto.
Ainda sobre o tema, 45,5% dos investidores de criptomoedas espera que seus investimentos os sustentem no futuro, bem próximo aos 46,2% que acreditam no INSS.
Como comparação, somente 14,6% dos investidores gerais estão focados em aplicações financeiras. Além de 57,3% dependerem do INSS, 18,2% dizem que continuarão trabalhando.
Entre os já aposentados, 92,5% tem seu sustento do INSS. Já entre investidores de criptomoedas, essa porcentagem cai para 77,2%.
Abaixo, a primeira imagem mostra o perfil do investidor brasileiro em geral. Já a segunda mostra os dados do investidor de criptomoedas.
Por fim, o estudo da Anbima também revela uma ligação entre estresse e dinheiro. Como exemplo, aponta que 71% da população com gastos maiores que a renda apresentam ‘estresse alto’. O número cai para 31% entre aqueles com uma renda maior que os gastos.
Além deste estudo da Anbima, uma pesquisa da Paradigma Capital e do Datafolha já havia revelado os hábitos dos brasileiros investidores de criptomoedas.