Itaú apresenta aplicativo DeFi com stablecoins em programa no Banco Central

Maior banco da América Latina participou de programa e pode criar um protótipo de DeFi com uso de stablecoins.

Uma das responsáveis por trabalhar no time de produtos do Itaú no Lift Labs apresentou, nesta terça-feira (25), os resultados de seu trabalho que criou um aplicativo de finanças descentralizadas (DeFi) com stablecoins. O programa, feito pela Fenasbac em parceria com o Banco Central do Brasil, ocorre na sede da autarquia em Brasília, para o evento Lift Day 2023.

De fato, o Itaú tem buscado se apresentar ao mercado de criptomoedas nos últimos anos e já lista alguns produtos do mercado financeiro em sua plataforma para investidores, como ETFs e fundos de investimentos em cripto.

Durante a Mesa 2 do evento nesta terça, o banco apresentou seu protótipo de produto ao público. Vale lembrar que o projeto pode evoluir e até ser integrado futuramente ao Real digital, visto que ajuda na interoperabilidade da moeda digital nacional com o mercado de criptomoedas.

Solução do Itaú pensou nos desafios de investidores do mercado de criptomoedas

Em sua explicação sobre o protótipo idealizado pelo Itaú envolvendo tecnologias das criptomoedas, Yukiko Dias lembrou que a área de produtos do banco pensou em facilitar o acesso para investidores do mercado.

Isso porque, eles entendem que muitas barreiras iniciais afastam quem pretende investir, mas com soluções como as propostas pelo Itaú, poderiam ingressar facilmente no ambiente de DeFi.

“Foi com base nestes questionamentos que desenvolvemos nossa solução durante o Lift Labs. Trata-se de uma liquidity pool construída em uma blockchain que permite que investidores possam aportar pares de tokens de Real e Dólar em troca de uma rentabilidade, gerando uma liquidez necessária para que outros clientes possam fazer o swap entre estes tokens quase instantânea. Nosso objetivo prototipando a liquidity pool foi o de avaliar se a gente conseguiria utilizar as estruturas das finanças descentralizadas para trazer algum benefício para o sistema financeiro tradicional. Foi entender se a gente conseguiria construir um modelo de negócio viável para aqueles clientes que gostariam de rentabilizar seus criptoativos.”

A solução do Itaú buscou uma implementação de fácil acesso e segura. Responsável pela apresentação, Yukiko destacou que a experiência em aplicativo móvel poderia facilitar o acesso de clientes e toda sua gestão de criptomoedas, dentro do sistema financeiro tradicional.

Itaú testou aplicativo de DeFi com stablecoins, utilizando blockchains da Stellar e Ethereum

O Lift Labs foi uma grande oportunidade de empresas parceiras do banco central brasileiro testarem inovações em blockchain. Com isso, muitas delas podem evoluir para uma futura implementação a constar no projeto do Real digital.

O Itaú, por exemplo, considerado o maior banco da América Latina, apresentou um protótipo testado em duas blockchains, a Stellar e Ethereum.

De acordo com Yukiko Dias, da área de produtos do Itaú, o protótipo buscou aproximar o Real tokenizado do mercado de criptomoedas, com uma solução de interoperabilidade.

Para os testes, o Itaú simulou a criação de uma stablecoin de Real, além do uso da stablecoin USDC, emitida pela Circle. Ela lembra que o uso das stablecoins no sistema é amplo, mas em testes utilizou apenas duas opções.

Com isso, clientes da solução poderiam utilizar uma solução DeFi de liquidity pool, e se expor facilmente a uma moeda estrangeira, como uma stablecoin de Dólar, por exemplo. Todo o sistema prototipado pelo Itaú passa por controles de KYC, e KYT, de acordo com diretrizes do banco central.

Itaú utilizou as redes Stellar e Ethereum para testar aplicação de blockchain
Itaú utilizou as redes Stellar e Ethereum para testar aplicação de blockchain. Crédito: BCB.

DeFi do Itaú apresenta resultados promissores

Após a teoria sobre o DeFi do Itaú e a apresentação do sistema, a funcionária da área de produtos do Itaú declarou que os resultados da aplicação se mostraram promissores.

Um dos casos de uso mais promissores envolve justamente a interoperabilidade entre o mercado de criptomoeda global, com a CBDC do Brasil. Yukiko também lembrou que o Itaú pretende educar sua base de usuários sobre investimentos e produtos de criptomoedas, para atrair novos clientes.

O Itaú, ao estudar inovações em blockchain, buscou entender como agregar poderá serviços de criptomoedas aos seus clientes e o Lift Labs foi uma oportunidade.

Além do Itaú, outras soluções envolvendo blockchains foram apresentadas no evento na sede do Banco Central do Brasil nesta terça. O evento segue ao vivo pelo canal do YouTube da autarquia.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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