Chefão de golpe bilionário com criptomoedas morre em Goiás, diz jornal

Nas redes sociais, vítimas do esquema da MTI desconfiam da veracidade da morte de Steynberg, com alguns sugerindo que o ex-líder de um dos maiores esquemas com criptomoedas do mundo pode ter falsificado sua morte para fugir dos problemas com as autoridades.

Johann Steynberg, o ex-chefão da piramide financeira com criptomoedas Mirror Trading International (MTI), teria morrido na última segunda-feira (22) de ataque cardíaco fulminante enquanto estava em prisão domiciliar em uma fazenda em Goiás.

De acordo com o jornal local O Popular, Steynberg enfrentava problemas de saúde mental, o que levou o seu advogado, Thales Jayme, a levá-lo a um médico no dia 15 de abril. Ele foi diagnosticado com ansiedade severa e teria morrido uma semana depois.

Steynberg aguardava extradição para a África do Sul enquanto estava em prisão domiciliar, depois de ter sido preso no Brasil por usar documentos falsos quando abordado pela polícia de Goiás.

Nas redes sociais, vítimas do esquema da MTI desconfiam da veracidade da morte de Steynberg, com alguns sugerindo que o ex-líder de um dos maiores esquemas com criptomoedas do mundo pode ter falsificado sua morte para fugir dos problemas com as autoridades.

Isso porque, a MTI conseguiu roubar mais de 5 bilhões em Bitcoin de investidores ao redor do mundo, e Steynberg teria dinheiro mais que suficiente para, com os contatos certos, desaparecer do mapa, assim como outros golpistas já fizeram.

Em grupos de vítimas também surgiram fotos do suposto atestado de óbito do golpista, mas vítimas do esquema desconfiam do documento, argumentando que se trata apenas de “um pedaço de papel.”

Atestado de óbito Johann Steynberg (mybroadband)
Atestado de óbito Johann Steynberg (mybroadband)

MTI

O MTI foi uma pirâmide com criptomoedas que entrou em colapso em dezembro de 2020, quando Steynberg fugiu da áfrica do Sul para o Brasil após a Autoridade de Conduta Financeira (FSCA) do país alertar o público sobre a plataforma.

A MTI parou de processar saques e, tempos depois, foi declarada um esquema Ponzi pelas autoridades sul-africanas. Na época, o CEO da MTI culpou a maçonaria pelos problemas da empresa, afirmando que teria recebido um e-mail sugerindo que ele deveria deixar a África porque a MTI “ameaçava o sistema financeiro”.

“A maçonaria não é apenas um boato. É um fato bem conhecido que os principais donos do sistema financeiro atual são maçons de grau 17, 18 e 33, eles farão tudo para ver a queda da MTI.” disse ele.

Conforme relatado pelo Livecoins, a MTI conseguiu arrecadar 29.421 bitcoins de centenas de milhares de investidores em todo o mundo.

Ao fugir da África do Sul, Steynberg abandonou sua esposa, Nerina, para a surpresa de muitos que acreditavam que ele era um cristão íntegro e de fé inabalável.

Enquanto esteve no Brasil, ele vivia uma vida de luxo, usando um helicóptero para lazer e comprando propriedades em nome de duas namoradas que mantinha em duas cidades diferentes.

Em abril do ano passado, um tribunal dos EUA multou Steynberg e a MTI num valor recorde de 3 bilhões de dólares por “fraude sistemática e generalizada” contra dezenas de milhares de vítimas.

Enquanto isso, na África do Sul, as vítimas do esquema têm procurado entre 3.000 e 10.000 bitcoins “desaparecidos” que podem ter passado pela plataforma da MTI antes de ela quebrar.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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