“Jornalismo de merda”, CEO se irrita com notícia sobre reservas da Binance

Insegurança é a palavra que define a situação atual do mercado e agora os players sérios possuem a difícil missão de resgatar a confiança dos usuários, jogada fora por pura ganância de uma única pessoa.

Preocupada com a possível pressão regulatória a chegar após a queda da FTX, a Binance publicou uma “prova de reservas”, apontando para endereços com saldos de clientes sob sua custódia.

Embora permita a negociação de 600 criptomoedas em sua plataforma, o relatório inicial apresentou reservas de apenas seis delas, BTC, ETH, USDT, USDC, BNB e BUSD. Entretanto, Changpeng Zhao afirmou que elas representam cerca de 90% de todos os ativos mantidos pela Binance.

“A Binance publicou endereços e saldos de carteiras frias de 6 de nossas 600 moedas. Mais para vir. Estes eram públicos antes de qualquer maneira, mas organizados juntos para facilitar a visualização.”

No total, a Binance possui US$ 21,7 bilhões em BUSD, stablecoin que leva seu nome, outros US$ 17,6 bilhões em USDT, US$ 6,12 bilhões em ETH, US$ 8 bilhões em BTC e outros US$ 16,6 bilhões em BNB, token emitido pela própria Binance.

Entretanto, Changpeng Zhao não parece ter gostado de como a mídia tratou sua postura. Referindo-se a um artigo da Bloomberg intitulado “Reservas da Binance mostram que quase metade de suas posses está em seus próprios tokens”, CZ reclamou do jornalismo da Bloomberg.

“Jornalismo [de m*rda].”

“BUSD é emitido pela Paxos, uma entidade regulamentada pela NYDFS, não pela Binance. Os números também estão todos errados”, continuou Changpeng Zhao, CEO da Binance. “Esses são os ativos dos usuários, na forma que os usuários escolhem armazenar conosco. Nós não convertemos para eles.”

Binance pode quebrar assim como a FTX?

Os modelos de negócio da Binance e da FTX são bastante semelhantes em vários pontos. Ambas possuem seus próprios tokens, BNB e FTT, bem como possuem corretoras que atuam apenas nos EUA, a Binance.US e a FTX.US. Por fim, ambas também realizarem investimentos na indústria.

Entretanto, tudo indica que o motivo da quebra da FTX está relacionado ao uso dos fundos de seus próprios clientes para salvar outra empresa de Sam Bankman-Fried, a Alameda Research.

Portanto, é difícil imaginar que a Binance corra o mesmo risco, mas há outros. Como mencionado pelo próprio CZ, reguladores devem mirar na Binance devido a seu tamanho. Além disso, as semelhanças entre a FTX também devem servir de munição.

De qualquer forma os investidores de criptomoedas estão inseguros. Um deles não confia na prova de reservas da Binance, perguntando “Como sabemos que o número de moedas que seus depositantes têm corresponde ao número de moedas em suas carteiras?” Enquanto outro pede se a gigante possui dívidas.

— E quanto a passivos? Perguntou outro usuário.
— Nós não temos dívidas. Respondeu Changpeng Zhao.

Por fim, insegurança é a palavra que define a situação atual do mercado e agora os players sérios possuem a difícil missão de resgatar a confiança dos usuários, jogada fora por pura ganância de uma única pessoa.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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