Um líder de pirâmide que foi preso em 2019, acusado de contratar um assassino, teve pedido negado na justiça. A posição da justiça brasileira sobre o caso é totalmente desfavorável ao homem até aqui.
Isso porque, em setembro de 2019, um crime chocou a cidade de São Paulo, quando o advogado Francisco Assis Henrique foi morto a tiros em um posto de gasolina. Na época, dois assassinos fugiram do posto, após dar cerca de 10 tiros no advogado.
Na fuga, colocaram fogo no carro para despistar a polícia, entretanto, a população controlou o incêndio. No que sobrou do carro, a polícia identificou cápsulas de balas que certamente teriam sido usadas no crime.
Um dos acusados identificados pela Polícia, apontado como um dos mandantes, segue preso. Desde sua prisão, alega inocência e tenta obter um habeas corpus junto a justiça brasileira.
De fato, o crime pode ter uma relação com os sócios da ValourInvest, uma empresa acusada de operar uma pirâmide financeira com criptomoedas. Com as cobranças incessantes do defensor aos sócios, a morte de Francisco teria sido encomendada.
Líder de pirâmide, que teria encomendado um crime, tem pedido negado pela justiça
As pirâmides financeiras são esquemas fraudulentos que prometem rendimentos garantidos a investidores. Algumas prometem 30% ao mês, outras, menos promissoras, 2% ao mês. Rendimentos garantidos com uso de marketing multinível certamente acaba em problemas.
Um dos casos que abateu a cidade de São Paulo em 2019 foi relacionado com a ValourInvest. Acusada de operar um esquema de pirâmide, seus sócios enfrentam problemas, acusados de terem contratado até assassino para dar fim a um cliente.
De acordo com a Globo, em 2019 a polícia prendeu Danilo Afonso Pechin, que é um dos mandantes do crime segundo os investigadores. Seu sócio, Willian Gonçalves do Amaral, fugiu da polícia.
Desde sua prisão, Danilo recorre à justiça paulista, em vão. Ao recorrer ao Supremo Tribunal da Justiça (STJ), contudo, novamente teve seu pedido de habeas corpus indeferido.
O Ministro Joel Ilan Paciornik deu decisão no último dia 16, com publicação no STJ no dia 18. Com isso, o líder de pirâmide que possivelmente contratou um assassino continuará preso.
O advogado que foi executado em um posto havia R$ 2 milhões investidos com os mandantes do crime. Os assassinos teriam recebido cerca de R$ 500 mil pelo crime, do qual já foram presos. O crime ocorreu na zona sul de São Paulo em junho de 2019, mas ainda deixa marcas.
ValourInvest tem perdido na justiça alguns casos contra clientes, acusações de operar um esquema de pirâmide
Apesar de ter sido encerrada em 2019, a ValourInvest segue tendo casos na justiça. Em um deles, a justiça determinou o bloqueio de R$ 93 mil em oito corretoras de criptomoedas.
Pelo Reclame Aqui, todas as reclamações de clientes da ValourInvest nunca foram respondidas pela empresa. Vários clientes reclamam da falta de atrasos, com alguns citando inclusive o assassinato do advogado.
A reportagem do Livecoins procurou os advogados que cuidam da defesa de Danilo Afonso Pechin para comentar o caso. Até o fechamento desta, não haviam respondido aos contatos e o espaço fica aberto para manifestação.