O número de empresas que declararam operações com criptomoedas no Brasil voltou a subir em novembro de 2022, segundo informações divulgadas pela Receita Federal do Brasil (RFB).
O recorde de declarações por empresas tem aumentado mês a mês, de acordo com a RFB, que liberou novas informações na última segunda-feira (2).
Assim, fica claro que a adoção institucional segue crescendo no Brasil, ainda que o volume negociado no país esteja diminuindo.
Novo recorde de empresas declarando operações com criptomoedas no Brasil em novembro de 2022
Desde abril de 2022, quando o número de CNPJs únicos que declararam suas operações de criptomoedas para a Receita Federal superou a marca de 30 mil registros únicos, o Brasil acompanha a alta nos investimentos feitos por empresas.
Os últimos dados revelados agora, de novembro de 2022, mostram que a alta nos investimentos seguem crescendo e buscam se consolidar acima de 40 mil registros únicos.
O novo recorde, de 45.486 empresas declarando operações com criptomoedas, mostram que o interesse no setor segue em alta.
O número de CPFs, que representam as pessoas físicas, contudo, recuou e apresenta 1.163.663 de declarações enviadas no mês de novembro. Assim, registrou o menor valor desde julho de 2022.
Vale lembrar que no período de novembro do último ano, os mercados globais reagiam a quebra da FTX. Como a corretora também atuava no Brasil e deixou um rastro de prejuízos, pode ter afetado no número de declarações enviadas.
Volume de declarações em novembro de 2022 é o menor desde dezembro de 2020
Outro dado revelado pela Receita Federal sobre o mercado de criptomoedas ainda na reta final de 2022 envolve o volume das declarações.
Assim, com um total geral de declarações em 11,365 milhões de reais, tudo indica que o uso de corretoras foi menor no país durante o mês de novembro. Não está claro se o receio com o mercado, que via a quebra de uma das maiores corretoras, levou investidores a recuar em suas operações.
De qualquer forma, o volume de declarações é o menor desde dezembro de 2020, quando brasileiros declararam R$ 10.540 milhões em suas operações.
Por fim, com relação às criptomoedas mais negociadas, o Tether (USDT) segue na primeira colocação. Em seguida, o bitcoin continua como segundo preferido dos brasileiros, assim como foi nos últimos meses.