Binance
A ilha de Malta emitiu nesta sexta um alerta em que nega a presença da Binance no local. A chamada “ilha blockchain” não dá autorização para a corretora, que se estiver no local poderá ter problemas.
Isso porque, de acordo com comunicado oficial da MSFA, haverá uma investigação quanto ao caso. A repercussão vem dias após um texto da Bloomberg, que colocava a Binance como uma empresa baseada em Malta.
O Livecoins entrou em contato com a responsável pela Binance no Brasil para apurar as informações deste caso. Em resposta, ficou claro que a posição da Binance é rumo a descentralização, com vários escritórios pelo mundo.
O criptomercado é um pouco chato quando se refere a informações transparentes. Isso porque, ao defender às criptomoedas, por exemplo, o Bitcoin, fica claro que o mercado deve exalar confiança, que é o pilar principal desta moeda virtual.
Quando Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, pensou em um sistema que não teria intermediários. Ou seja, os usuários da rede enviariam suas moedas de pessoas para pessoas (P2P), utilizando para isso apenas a internet.
Contudo, as corretoras de criptomoedas apareceram como uma forma de intermediar as transações entre as pessoas. Em um estágio inicial de adoção às moedas digitais, se mostram importantes ao facilitar o encontro entre vendedores e compradores. Sendo marketplaces centralizados, são suscetíveis a problemas, principalmente com governos, que exigem regulamentações pesadas neste setor.
A bola de vez é a Binance, importante corretora de Bitcoin, que não possui informações públicas de onde estaria sua sede. Apesar da informação estar guardada às sete chaves, a comunidade de criptomoedas quer saber mais sobre a geografia da operação. Até então, as informações levavam a crer que a sede seria em Malta.
O caso ganhou mais um episódio nesta sexta (21), com um posicionamento formal da Autoridade de Serviços Financeiros de Malta. De acordo com a MFSA, a Binance pode estar irregular caso esteja na ilha.
A Autoridade (MFSA) está avaliando se a Binance tem alguma atividade em Malta que pode não estar dentro do domínio da supervisão regulatória.
Em comunicado oficial, a Ilha de Malta afirma que apenas com autorização é possível oferecer produtos relacionados com criptomoedas no e do país.
De acordo com Larry Cermak, o que poderia ter chamado a atenção da MFSA é um artigo recente feito pela Bloomberg. Nele, a Binance foi colocada como uma “empresa baseada em Malta“.
Para a MFSA, entretanto, a Binance não estaria autorizada a operar pela lei local. A Lei de Ativos Financeiros Virtuais (CAP 590) de 2018 é a responsável pela regulamentação do criptomercado na ilha.
“Após um relatório em uma seção da mídia referente à Binance como uma empresa de “criptomoeda baseada em Malta“, a Malta Financial Services Authority (MFSA) reitera que a Binance não está autorizada pela MFSA a operar na esfera de criptomoedas e, portanto, não é sujeita a supervisão regulatória pela MFSA.”
Ao Livecoins, a representante da Binance no Brasil comentou a polêmica envolvendo a sede da corretora. De acordo com Mayra, a Binance não possui apenas uma sede no mundo, mas várias, acreditando na descentralização.
“A Binance acredita na descentralização em sua essência. Desde a fundação, buscamos tornar nossas operações tão descentralizadas quanto possível. Não temos uma só “sede”, isso não é segredo. Temos alguns escritórios e operações diretas em países em que as operações com criptomoedas são reguladas, como Binance Singapura e Binance US. De qualquer forma, a Binance é uma defensora convicta da descentralização.”
Por fim, fica claro que a Binance possui escritórios em Singapura e nos EUA. Já o de Malta pode ter sido fechado, apesar da MFSA afirmar que irá avaliar as operações no país. A Binance já possuiu escritórios na China (fundação), Japão e Malta, todos fechados após problemas com os governos locais.
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