Médico encomenda morte de namorada, envia bitcoin para endereço errado e é preso

Para sorte da mulher, o FBI conseguiu intervir a tempo. Além de informá-la, também ofereceram proteção enquanto interrogaram o médico, que confessou ter encomendado sua morte. Registros de seu smartphone, bem como de sua carteira de Bitcoin ajudaram a provar sua culpa.

James Wan (54), médico americano, declarou-se culpado nesta terça-feira (17) por encomendar a morte de sua namorada. Segundo informações do Departamento de Justiça dos EUA, Wan usou um mercado da dark web para contratar um assassino de aluguel, pagando pelo serviço em Bitcoin.

O pagamento, no entanto, não saiu como planejado. Talvez por estar nervoso com a situação ou por não conhecer a tecnologia, o médico enviou os bitcoins para o endereço errado.

Em suma, Wan tentou enviar os bitcoins para um intermediário, que liberaria a quantia ao assassino após o trabalho ser feito.

Dois dias depois, sem confirmação do depósito, o médico entrou em contato com o suporte do site. Após enviar uma captura de tela da transação, o suporte constatou que aquele endereço não estava no sistema.

“Droga. Acho que perdi 8 mil dólares. Estou enviando US$ 8 mil para você agora”, disse o médico.

Cerca de uma semana após enviar os 8 mil dólares como prometido, Wan enviou outros US$ 8.000, completando os US$ 16.000 cobrados pelo serviço. Nas mensagens vazadas pelo FBI, o médico comenta como desejava que o crime fosse realizado.

“Pode levar a carteira, o celular e o carro. Atire e vá embora. Ou leve o carro.”

Segundo as autoridades, o médico enviou tanto o nome quanto o endereço da vítima, assim como seu Facebook, a placa e a descrição do automóvel dela.

Após o pagamento, o médico foi questionado se queria que o assassinato se parecesse com um acidente ou não. “Acidente é melhor”, respondeu Wan ao matador de aluguel.

Médico estava preocupado com o procedimento

Em outro trecho, o Departamento de Justiça destaca que James Wan estava ansioso para ver sua namorada morta. Uma semana após enviar os US$ 16.000, o médico acessou um fórum da dark web para saber como poderia acompanhar o desenvolver da história.

“Quanto tempo o trabalho leva para ser feito? Enviei um pedido e estou curioso para saber com que rapidez ele deve ser executado? Existe uma maneira de descobrir algum progresso?”

Conforme o Bitcoin sofreu uma queda naquela semana, Wan enviou outros US$ 1.200 em BTC para o intermediário, acreditando que poderia haver um problema nos valores.

Para sorte de sua namorada, o FBI conseguiu intervir a tempo. Além de informá-la, também ofereceram proteção enquanto interrogaram o médico, que confessou ter encomendado sua morte. Registros de seu smartphone, bem como de sua carteira de Bitcoin ajudaram a provar sua culpa.

“Apesar de sua ocultação covarde na dark web, o plano assassino de Wan foi evitado devido ao trabalho excepcional de nossa equipe. Ele agora enfrentará todas as consequências do sistema de justiça criminal”, disse Keri Farley, agente especial do FBI. “Este caso mostra que o FBI não tolerará atos hediondos de violência e fará de tudo para proteger nossos cidadãos.”

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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