A companhia Méliuz (CASH3), listada na B3 desde novembro de 2020, comprou o banco digital de criptomoedas AlterBank.
A aquisição incorpora 100% da empresa ligada ao setor de criptomoedas brasileira, que tem como sócios Vinicius Frias e Thales Henrique de Couto Marques. Ambos deverão ser executivos na Méliuz agora.
Entre os produtos do AlterBank que chamaram atenção do mercado de criptomoedas estão o “criptoback“, um cashback com moedas digitais. O banco digital é supervisionado pelo Banco Central do Brasil.
Méliuz compra 100% do Alterbank por R$ 25,9 milhões
Com os serviços da Méliuz clientes têm acesso a cupons de desconto, cashback e outras facilidades mais. Mas tudo isso é feito apenas com moedas fiduciárias, ou seja, em real.
Agora, a companhia brasileira comprou 100% do AlterBank, uma fintech que também trabalha com cashback, só que de criptomoedas.
O anúncio da aquisição foi publicado pelo BrazilJournal, com a Méliuz publicando o fato relevante ao mercado. De acordo com a reportagem, a aquisição de 100% custou R$ 25,9 milhões.
A empresa de criptomoedas tem cerca de 110 mil clientes, é supervisionada pelo BCB e faturou R$ 3,1 milhões nos últimos 12 meses. Só no primeiro semestre de 2021, a AlterBank negociou R$ 184 milhões em criptomoedas, um volume que deve aumentar com o reforço da Méliuz.
A aquisição da empresa listada na B3 chega em um momento de construção de seu banco digital, esperado para 2022. Em maio, a Méliuz já havia adquirido o Acesso Bank, por R$ 324 milhões, sendo esta uma plataforma de service as a bank e banco digital.
O AlterBank é a quinta aquisição desde o IPO da companhia, mas que ainda está sujeito a aprovação dos acionistas.
“A transação está sujeita à aprovação dos acionistas da Companhia e o Contrato de Compra e Venda de Quotas está sujeito a condições suspensivas usuais para operações dessa natureza.”
Méliuz é a primeira listada na B3 a entrar no mercado de criptomoedas?
De acordo com o CointraderMonitor, o Alter é a 16.ª corretora de Bitcoin em volume no Brasil nas últimas 24 horas. Não está claro ainda como essa operação já conhecida no mercado de criptomoedas brasileiro chega dentro da Méliuz.
Mesmo assim, essa pode ser a primeira empresa listada na B3 a se envolver com o mercado de criptomoedas, criando mais produtos para os clientes do Alter e da própria Méliuz, que finalmente poderão experimentar o cashback em Bitcoin, por exemplo, ou até a compra da própria moeda.
Vale notar que em 2020, o Alter havia sido avaliado por R$ 15 milhões pela Captable, uma divisão de investimentos ligada a StartSe, sendo assim a primeira empresa a sair com sucesso do local.
Para o mercado de criptomoedas, a compra do AlterBank por uma empresa que tem chamado atenção na B3 é um movimento importante, que pode trazer mais legitimidade e serviços ao setor.
Leia o fato relevante publicado na íntegra aqui.