Após uma breve recuperação da queda ocorrida no último sábado (10), o mercado de criptomoedas voltou a apresentar uma forte queda repentina. Ao contrário da última vez, agora Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) também estão operando em baixa, de 3% e 4,4%, respectivamente, na última hora.
Após o Fed pausar sua escalada na taxa de juros nesta tarde de quarta-feira (14), tanto o mercado de criptomoedas quanto de ações ‘balançaram’. No entanto, S&P500, índice que reúne as 500 maiores empresas dos EUA, já recuperou as perdas.
Em outras palavras, o mercado de criptomoedas está sofrendo sozinho e a política monetária do BC americano não parece ter nenhuma correlação com a queda.
Apesar disso, vale notar que Jerome Powell, presidente o Fed, afirmou que poderá levar anos até que as taxas de juros sejam reduzidas, tendo consequências tanto no mercado quanto na economia americana.
Portanto, embora as criptomoedas não tenham caído de imediato após as suas falas, é possível que a falta de uma reação positiva tenha desencadeado o flash crash.
Gigantes das criptomoeas em queda, novamente
Como destaque, Ripple (XRP), sexta maior do mercado, caiu 6%. Solana (SOL) e Litecoin (LTC) perderam 5,35% e 5,7%, respectivamente, em minutos.
Já o Ethereum está sendo negociado abaixo dos US$ 1.650, seu menor nível desde 14 de março. O mesmo acontece com o Bitcoin, testando o suporte dos US$ 25.000, o BTC chega em sua mínima dos últimos 3 meses.
Anteriormente, no último sábado, as duas gigantes não haviam acompanhado a forte queda do mercado.
Como visto na imagem abaixo, apresentando as maiores perdas da última hora, o flash crash atingiu todo o mercado de forma parecida. A média as baixas é de 6%.
Mercado de criptomoedas segue sem previsão de recuperação
Com a pressão regulatória dos EUA e a notícia de que o Fed está pronto para manter a taxa de juros elevada por anos, o mercado de criptomoedas segue sensível. Além disso, rumores de que o Departamento de Justiça americano processará a Binance também podem estar deixando grandes players ‘prontos para que o pior aconteça’.
De qualquer forma, agora vale estar atento aos próximos dados de inflação dos EUA. Afinal, é difícil imaginar que a inflação não volte logo para a meta de 2% do Fed com os juros em 5 a 5,25%.
Por fim, a pausa na taxa de juros, após 10 aumentos consecutivos, é um bom sinal para os mercados. Afinal, isso mostra que o próximo passo do Fed será a liberação estímulos para a economia, sendo apenas uma questão de tempo para que isso ocorra.