Mercado Livre avança no mercado de criptomoedas e aumenta participação em ativos digitais

No seu mais recente relatório de resultados trimestrais, o líder do e-commerce na América Latina revelou um salto de US$ 6 milhões (R$ 29 milhões) em criptomoedas, alcançando a cifra de US$ 21 milhões (R$ 104 milhões) em setembro de 2023.

O gigante do comércio eletrônico Mercado Livre está colhendo frutos de sua aposta no mundo das criptomoedas, com o último relatório de ganhos da empresa revelando um aumento expressivo nos ativos digitais mantidos para os clientes.

No seu mais recente relatório de resultados trimestrais, o líder do e-commerce na América Latina revelou um salto de US$ 6 milhões (R$ 29 milhões) em criptomoedas, alcançando a cifra de US$ 21 milhões (R$ 104 milhões) em setembro de 2023.

O MercadoLivre começou a oferecer Bitcoin e Ethereum para seus clientes em dezembro de 2021, numa clara aposta na diversificação dos serviços e ativos oferecidos. Embora o relatório não detalhe a composição dos ativos digitais, fica evidente que a empresa está conquistando uma base sólida no mercado.

Criptomoedas Mercado Livre (Reprodução)
Criptomoedas Mercado Livre (Reprodução)

Em dezembro do ano passado, os clientes do Mercado Livre possuíam R$ 80 milhões em bitcoin e outras criptomoedas custodiados pela gigante de e-commerce, o que significa um salto de R$ 24 milhões em um ano.

Com presença em 18 países, a empresa passou a permitir a compra de bitcoin apenas no Brasil em fase inicial. Nos últimos meses, o México também recebeu a opção, sendo o segundo país onde o Mercado Livre opera a ter disponível a opção.

MercadoLivre aposta em criptomoedas

De acordo com o relatório de resultados, o Mercado Livre superou as previsões dos investidores ao anunciar US$ 3,8 bilhões em receitas e US$ 685 milhões em lucro para o terceiro trimestre.

O crescimento em mercados-chave como Brasil e México foi creditado como um dos principais motores por trás dos resultados positivos.

Embora a fatia de criptomoedas ainda seja relativamente pequena frente ao negócio geral da empresa, que engloba cartões de crédito e empréstimos, a estratégia cripto do Mercado Livre a destaca entre os grandes players do varejo.

A empresa também mergulhou no universo das criptomoedas com o lançamento da Mercado Coin no ano passado, que pode ser negociada através da sua própria carteira digital, o Mercado Pago, e teve preço inicial simbólico de apenas R$ 0,50.

A moeda foi criada como um token ERC20 pela rede Ethereum, com o ticker MCN, mas ainda não é possível encontrar seu contrato em pesquisas por exploradores como Etherscan.

Os resultados do Mercado Livre podem ser interpretados como um sinal de confiança na estabilidade e potencial de crescimento das criptomoedas, mesmo em face de volatilidades de mercado.

Para o Mercado Livre, no entanto, parece ser apenas o começo de uma jornada promissora no setor, um passo que poderia pavimentar o caminho para a adoção mainstream das criptomoedas no e-commerce latino-americano.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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