Milionário do Bitcoin doa R$ 8 milhões para partido mas quer que moeda seja banida

A doação ao partido ganhou as manchetes do país porque o partido tradicionalmente recebe apenas pequenas quantias.

Um desenvolvedor de software alemão que ficou milionário graças ao Bitcoin deu ao Partido Verde do país uma das maiores doações políticas da história na esperança de que ele ganhe as eleições deste ano – e considere banir a criptomoeda.

O partido defende políticas ambientais para reduzir emissões de gases de efeito estufa e afastar a ameaça das mudanças climáticas.

O milionário disse que decidiu ajudar a campanha do partido Verde porque “doá-lo a um partido que tem o ambientalismo como seu valor central terá um impacto muito maior”.

Moritz Schmidt quer que o partido ajude a tornar as moedas “rastreáveis” – o que tornaria o Bitcoin menos atraente para muitos de seus fãs e também quer que a moeda digital seja banida do país.

“Não acho que a regulamentação fará nada que reduza o preço a níveis que tornem o Bitcoin desinteressante como ativo e inutilizável como moeda global”, disse Schmidt.

“Acredito que, de fato, o Bitcoin precisa ser banido.”

“Bitcoin gasta muita energia”

O desenvolvedor investiu em Bitcoin em 2011 e ficou milionário, no entanto, agora critica a moeda digital por seu consumo de energia.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge disseram em fevereiro que a mineração de Bitcoin consome 121 terawatts-hora de eletricidade por ano, mais que países como Chile e Noruega.

Em um comunicado dos Verdes o partido diz que o doador deixou claro que ele vê os lucros que teve com a moeda digital como “imerecidos” e agora quer ajudar destruir a criptomoeda.

“Eu me beneficiei imensamente com a bolha do Bitcoin. Tem sido uma viagem louca, e os rendimentos são riquezas imerecidas, na verdade”, disse Schmidt à The Associated Press em uma entrevista por e-mail esta semana. “Estou meio que esperando a oportunidade certa de doar uma quantia maior.”

Partido Verde

Os “Verdes”, como são chamados, estão na liderança em termos de doações este ano. No total, o partido, que se mantém na segunda posição em intenções de votos, já recebeu 1,6 milhão de euros, cerca de R$ 10 milhões.

A doação do desenvolvedor de 1 milhão de euros (R$ 8 milhões) ao partido ganhou as manchetes do país porque o partido tradicionalmente recebe apenas pequenas quantias.

Uma doação, portanto, gigante e rara na política alemã.

Todas as doações feitas a um partido que excedam o valor de 50.000 são listadas de forma transparente em um portal do governo.

Os Verdes são o que podemos chamar de “patriotas europeus”. Eles querem uma economia “regionalizada em áreas críticas e com cooperação global”.

Em um manifesto eles mencionam a criptomoeda em uma seção sobre Política Monetária e Fiscal, onde podem preocupar entusiastas da moeda digital, caso ganhem, porque como são ‘verdes’, eles não gostam das criptomoedas.

Mas isso seria uma postura extremista em relação ao meio ambiente, com os verdes alemães sendo um partido de centro e não um partido radical.

O que importa para eles, portanto, não é que a energia seja usada, mas como ela é produzida.

90% da mineração de Bitcoin na Europa funciona por meio de energia renovável.

Uma postura contra o Bitcoin devido ao uso de energia, portanto, seria contraproducente se o objetivo for aumentar o uso e a produção de energia renovável, bem como promover um ambiente onde possa haver muita inovação na produção de tal energia renovável.

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