Mineração da criptomoeda Chia pode destruir seu SSD em 40 dias

Maioria dos SSDs não foram feitos para trabalhar tão intensivamente.

Uma nova criptomoeda chamada Chia foi lançada recentemente com o objetivo de resolver problemas conhecidos de mineração. Diferente do Bitcoin, Ethereum e outras moedas, a Chia não é minerada através de Proof-of-Work, que exige computadores potentes, mas sim através de HDDs e SSDs. O problema é que isso cria novos desafios, com a mineração da moeda Chia podendo destruir um SSD em apenas 40 dias.

A Chia tem uma proposta bem diferente de outras moedas que funcionam com Proof-of-Work (Mineração através de poder computacional) ou Proof-of-Stake (Feita com alocação de valores). A nova moeda tem um “Proof of Space and time” (Prova de Espaço e Tempo, em tradução livre). Isso quer dizer que a moeda é minerada através do uso do espaço livre em disco rígidos ou SSDs.

De acordo com a sessão de perguntas frequentes do site oficial do projeto, a mineração de Chia funciona através do espaço não usado de armazenamento.

O usuário instala um software que armazena uma coleção de números criptográficos em plots. Quando um novo desafio é emitido pela blockchain, o usuário então escaneia esses plots para encontrar a hash mais próxima do desafio. Quem encontra, recebe moedas Chia como recompensa, assim como em outras criptos.

Mineração de Chia pode destruir SSDs em cerca de 40 dias

SSD
SSD

A mineração da criptomoeda é algo relativamente novo, por isso ainda é tempo de descobrir quais são os seus efeitos em hardware. De acordo com a PC Gamer, há grandes riscos de usar SSDs para mineração a moeda, já que o processo coloca muito estresse no hardware e diminui consideravelmente seu tempo de vida.

Dispositivos de armazenamento podem operar através da função de write e read (escrever e ler). Ler é a atividade de apenas verificar os dados gravados, escrever é quando novas informações são acrescentadas ao dispositivo.

Como destacou o site, a mineração de Chia usa intensivamente a função de write. E a principal estratégia para a mineração é usar um SSD depois transferir os dados para um HDD, já que os SSD são muito mais rápidos.

O problema é que SSDs não foram feitos para trabalhar tão intensivamente com write. As células de memória Flash de um SSD possuem um “tempo de uso”, perdendo força após muitas operações de escrita.

Com isso, segundo o MyDrivers a mineração de Chia pode queimar um SSD de 512GB em apenas 40 dias. Durante os testes o modelo que mais aguentou foi um SSD de 2TB, que pode ficar inútil em cerca de 5 meses.

Vale mencionar que existem SSDs a nível empresarial que possuem muito mais Terabytes de escrita e podem ser uma melhor opção para quem quer minerar Chia.

No entanto, isso faz a moeda cair nas mesmas questões do Bitcoin e Ethereum, onde a mineração foi assumida por investidores caros que podem pagar por ASICs ou GPUs de última geração.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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