A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, realizou um treinamento de criptomoedas para cerca de 80 participantes de autoridades de aplicação da lei brasileiras.
O evento, que faz parte do programa de treinamento global da exchange, tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre a tecnologia, abordar aspectos práticos das investigações sobre criptomoedas, fortalecer o diálogo com autoridades e ampliar a parceria entre agentes do setor público e privado no combate a atividades ilícitas envolvendo criptomoedas.
Com abordagem teórica e prática, o treinamento aconteceu em Brasília e foi focado especialmente em investigadores do Centro de Operações de Criptomoedas (NOC) do Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), membros do Ministério Público de todo o país e convidados das Polícias Civil e Federal, Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de todos os estados da federação.
“Esse treinamento promove modernização para a atuação das investigações da segurança pública, que se torna mais complexa tal qual a complexidade social aumenta. A importância desse evento consiste em compartilhar conhecimento, competências e promover o diálogo em torno do tema de cibersegurança, que demanda estratégias novas de enfrentamento por parte do poder público”, disse Camila Pintarelli, secretária nacional de Segurança Pública substituta.
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“Em um mundo cada vez mais digitalizado, onde as transações financeiras transcendem as fronteiras físicas, o combate ao crime exige ferramentas e conhecimentos atualizados. Nesse contexto, o treinamento sobre criptomoedas realizado em parceria com a SENASP e a Binance surge como um marco fundamental na capacitação de policiais civis, membros do Ministério Público e outros órgãos de investigação”, acrescentou Rodney da Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça.
O evento foi liderado por Jarek Jakubcek, chefe de treinamento para agentes de aplicação da lei da Binance e um dos principais especialistas globais em crimes cibernéticos, anteriormente cobrindo investigações de criptomoedas e pioneiro em vários projetos de educação em criptomoedas no Centro de Crimes Cibernéticos da Europol (EC3), e Renato Bastos, especialista em investigações da Binance nas Américas, ex-funcionário do Ministério Público do Rio de Janeiro e referência na área de investigações de criptoativos em Brasil.
“A cooperação entre os setores público e privado é uma necessidade absoluta para prevenir e combater atividades criminosas relacionadas às criptomoedas, e a Binance vem oferecendo diversas ferramentas para contribuir com esse trabalho colaborativo no Brasil e no mundo. As autoridades brasileiras têm mostrado um nível crescente de especialização e um grande interesse em se aprofundar na tecnologia blockchain e criptomoedas, e treinamentos como esse sempre se mostram oportunidades para uma rica troca de conhecimento entre os dois lados”, comentou Jakubcek.
“As parcerias entre os setores público e privado são fundamentais na repressão a atos ilícitos envolvendo ativos virtuais e eventos como esse em Brasília reforçam significativamente a colaboração entre os setores, para o benefício da sociedade. O modelo de trabalho do NOC nessa área é um dos mais eficazes e deve ser usado como referência para outros países”, diz Bastos.
A Binance trabalha em estreita colaboração com as autoridades investigativas, tendo respondido a mais de 100.000 solicitações nos últimos dois anos, identificando inúmeros agentes mal-intencionados e auxiliando nas apreensões de bilhões de dólares em ativos.
Recentemente, a Binance prestou assistência operacional às autoridades argentinas que levou à recuperação de mais de US$ 170 mil e prendeu 20 membros de uma organização de crimes cibernéticos que infectou computadores corporativos, escolares e públicos para drenar suas contas.
A Binance já realizou workshops e treinamentos semelhantes para investigadores da Polícia Federal em Brasília, da Polícia Civil de Pernambuco, promotores e investigadores dos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo e da Polícia Civil de Goiás, além de órgãos convidados.
A exchange também participou do Congresso Internacional de Direitos Humanos da Polícia Federal, em Maceió, em 2022. A colaboração faz parte dos esforços contínuos da Binance para expandir o conhecimento sobre a indústria de blockchain e criptomoedas, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento de ações para prevenir, investigar e combater irregularidades financeiras envolvendo esses ativos.