A Counterpoint Global, uma unidade do banco de investimento multinacional americano Morgan Stanley, está considerando comprar bitcoin como um investimento em breve.
A compra de bitcoin pela unidade da Morgan Stanley que administra US $ 150 bilhões, precisaria de aprovações de reguladores para fazer tal investimento, e, portanto, não foi confirmada ainda.
De acordo com a Bloomberg, o gigante bancário pode também decidir por não investir na criptomoeda. Ainda assim, demonstra o impulso mais amplo de Wall Street para o bitcoin, que está sendo visto como uma proteção contra inflação cada vez mais por grandes instituições.
Counterpoint Global
Segundo o artigo, a Counterpoint Global, que é liderada por Dennis Lynch, “se expandiu com um mantra aparentemente simples de apostar em empresas cujo valor de mercado pode aumentar significativamente.”
O grupo administra cerca de 19 fundos, dos quais cinco deles tiveram lucros superiores a 100% em 2020, devido a “proeza na escolha de ações de crescimento”.
Os analistas argumentam que essa abordagem se encaixa perfeitamente ao bitcoin.
Os retornos excepcionalmente altos em 2020 foram impulsionados por apostas em empresas que se beneficiaram com a pandemia, como e-commerce e streaming. Os investimentos da empresa incluíram a Amazon, Shopify, Slack, Zoom e Moderna.
A última afirmação da Morgan Stanley sobre o bitcoin como uma classe de ativos, que até o Bank of America (BofA) incluiu em seus relatórios, foi que a moeda digital havia sido o ativo com melhor desempenho no acumulado de 2020.
O artigo da Bloomberg cita que há muito ceticismo em relação ao bitcoin por causa das “oscilações imprevisíveis dos preços” e na “falta de coisas que ele possa ser usado para comprar depois de uma década de sua criação“. Mesmo assim, diz o texto, “bilhões de dólares foram investidos na criptomoeda através de fundos de investimento, como o Grayscale Bitcoin Trust.”
Vários investidores institucionais estão impedidos de investir em bitcoin devido a regulação e, assim, eles recorrem a esses fundos. Para as empresas de Wall Street, como a Morgan Stanley, a incapacidade de oferecer bitcoin para esses clientes aumenta o risco de perdê-los para outras empresas.
A Counterpoint Global então está estudando se a criptomoeda seria uma boa opção para seus investidores.
A empresa não quis comentar o assunto quando a Bloomberg pediu comentários, mas se for confirmado, a empresa colocaria um nome de peso em Wall Street para uma classe de ativos que ainda luta para ganhar aceitação em grande parte do setor financeiro tradicional.