O Ministério Público da Paraíba (MPPB) emitiu um novo alerta aos clientes da Braiscompany quanto ao prazo para preenchimento do formulário de queixas, que vai somente até o dia 31 de março de 2023.
Após o período, o formulário não estará mais disponível aos clientes da empresa suspeita de operar um dos maiores calotes financeiros da história da Paraíba. Até políticos locais podem ter perdido dinheiro com o esquema que começou em Campina Grande e depois se expandiu por todo o Brasil.
Para preencher o formulário do MP da Paraíba contra a Braiscompany, basta visitar o site do Google Docs e seguir os passos descritos.
MP da Paraíba já recebeu 900 reclamações em formulário contra a Braiscompany
De acordo com o diretor-geral do MP-Procon, o promotor de Justiça Romualdo Tadeu de Araújo Dias, a partir de abril de 2023, o formulário deixa de receber relatos de ex-clientes da Braiscompany.
Segundo ele, no próximo mês as autoridades começam uma nova fase das investigações, após já receber mais de 900 queixas de investidores lesados. O formulário do MPPB está em aberto desde o dia 2 de março de 2023.
“O Ministério Público já obteve um grande número de reclamações sobre o caso Braiscompany e agora, seguirá para uma nova fase das investigações, com a análise qualitativa da documentação recebida para averiguar a necessidade de novas diligências.”
Para que os consumidores tenham uma melhor compreensão da atuação do MPPB, um material informa o passo a passo da ação contra a empresa.
Assim, a definição da data limite para o recebimento de queixas contra a Braiscompany se dá como necessária para o avanço dos investidores. Ou seja, as autoridades não vão esperar muito mais e já devem ajuizar ação contra a empresa suspeita em breve.
PF também segue recebendo informações
Responsável por deflagrar a Operação Halving, a Polícia Federal também aguarda que clientes preencham um formulário contra a Braiscompany.
Ambos os órgãos públicos esperam assim receber novidades dos próprios clientes lesados, que tinham contratos com a empresa. Tais contratos vinham sendo descumpridos desde o final de 2022, quando o fundador da empresa, Antônio Neto, começou a dar desculpas aos clientes pelos atrasos.
Foragido da justiça, Antônio Neto chegou a ressurgir após 30 dias da operação da PF, dizendo que é o único culpado pelos problemas da empresa, tentando assumir a culpa sozinho e liberar seus antigos brokers de qualquer investigação.
Contudo, a apuração segue em andamento tanto no âmbito federal, quando estadual, e pretende esclarecer o mecanismo do possível golpe em breve, com ações na justiça contra a empresa e seus líderes.