O Ministério Público Federal (MPF) investiga as ações de uma empresa suspeita de operar um esquema de pirâmide com Bitcoin no Brasil. Ao ver que seria investigado pela polícia, o líder fugiu para Dubai.
Segundo o Jornal da Record, Luiz Gustavo Souza de Pontes Galvanho é o suspeito das autoridades, que afirmam que ele pode ter cometido uma fraude de R$ 14 milhões no país.
O esquema prometia aos investidores lucros acima do mercado com a prática de mineração de Bitcoin, com fazendas instaladas no Paraguai. Este golpe teria funcionado desde 2019 no Brasil, mas só agora chamou atenção das autoridades.
Um dos afetados pelo golpe foi o desempregado Robson, que perdeu R$ 300 mil no esquema. Ele disse ao Jornal da Record que não dinheiro para mais nada, que sua vida acabou e é triste ver as pessoas curtindo com seu patrimônio.
Os investigadores acreditam que a suposta prática de mineração, contudo, não passava de fachada para o golpe de pirâmide financeira.
O delegado de polícia do Rio de Janeiro, Alan Luxardo, disse ainda que o que havia era uma aparência de legalidade, nos contratos e funcionamento da empresa. Além disso, a informação de que qualquer investimento em Bitcoin ou fazendas de mineração era totalmente falsa. Dessa forma, o grupo pagava os clientes antigos com a entrada dos novos investidores.
Um dos investigados contou em depoimento que recebia 10% para cada novo contrato que fechava. Ele também é apontado como um dos líderes do esquema de pirâmide.
Outro relato triste foi feito por uma enfermeira, que perdeu a herança recebida pela sua família, em uma soma de R$ 100 mil. Ela lamentou que existam pessoas que tenham a coragem de dar golpes no mercado, que agem com ganância para destruir a vida das outras pessoas.
Os citados pelo Jornal da Record não foram encontrados para comentar sobre as acusações de golpe e as investigações que pesam contra eles.