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MPF, PGFN e PF apreendem milhões em Bitcoin da Gas Consultoria

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A Operação Kriptos, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (25), resultou na apreensão de milhões em Bitcoin da Gas Consultoria, empresa acusada de operar um esquema grande de pirâmide financeira na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

Conhecida entre investidores da região, a empresa prometia rendimentos de 10% fixos ao mês. Sem sites e redes sociais, a captação de novos clientes que costumam sustentar as pirâmides financeiras no mercado era feita por líderes.

O principal investigado é o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, dono da Gas Consultoria e que foi preso pela PF.

Durante as buscas em sua residência de luxo no Rio de Janeiro, a polícia federal encontrou milhões em espécie, que foram apreendidos e estão a disposição da justiça, entre Real, Dólar, Euro e até barras de ouro.

R$ 150 milhões em Bitcoin foram apreendidos por procuradora da fazenda nacional em carteiras da Gas Consultoria

Em conversa com o Livecoins, a procuradora da Fazenda Nacional, Ana Paula Bez Batti, que participou da operação, narrou a ação de apreensão de bitcoins da Gas Consultoria.

Para participar da ação, a Polícia Federal e MPF firmaram um termo de cooperação com a especialista em investigação e recuperação de ativos virtuais, culminando nessa grande apreensão.

Vale o destaque que em 2018, o MPF e a Fazenda Nacional já haviam elaborado um roteiro de investigação e apreensão de criptomoedas.

De acordo com a procuradora, 591 bitcoins foram apreendidos na ação, avaliados em R$ 150 milhões.

Essas criptomoedas estavam em hardware wallets em posse dos investigados e foram apreendidas. Os valores já foram transferidos desses dispositivos para outros em posse do Ministério Público Federal, mas o processo de custódia dessas moedas está em sigilo de justiça.

O valor ficará a disposição da justiça federal para eventuais pedidos de restituição de clientes que tramitarem no judiciário brasileiro.

O processo de apreensão de criptomoedas é feito com recuperação de chaves privadas

A procuradora informou que não poderia informar se há apreensão de bitcoins também em corretoras. De qualquer forma, ela participou remotamente da operação, onde ajudou na apreensão dos 591 bitcoins da Gas Consultoria.

Segundo a procuradora Batti, o processo de recuperação envolve a pesquisa de chaves privadas, sendo que o estado já cria carteiras antes das operações para receber esses valores. Dessa forma, ela ajudou no backup e transferência dos valores.

Vale lembrar que a procuradora da Fazenda Nacional Ana Paula Bez Batti tem um amplo conhecimento em operações assim. Ela já participou de outras apreensões de Bitcoin no passado, como nas Operações “CriptoShow“, “Ostenção” e “Black Monday“.

Desde 2018, ela representa a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em ações de combate a crimes de lavagem de dinheiro com ativos digitais na Enccla (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro), onde já foi até coordenadora.

Em entrevista ao Livecoins em setembro de 2020, Ana Paula já havia compartilhado sua opinião sobre o mercado de criptomoedas, associado por golpistas que prometem altos lucros no mercado.

“Alguns agentes maliciosos, por outro lado, se aproveitam da falta de regulação das criptomoedas para aplicar golpes. E a atuação deles é basicamente a mesma. Eles captam dinheiro, prometem investimentos altos, alegam que foram atacados por um hacker, deixam de pagar todo mundo e alguns ainda pedem recuperação judicial”.

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Autor:
Gustavo Bertolucci