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Nassim Taleb, Peter Schiff e outros críticos do Bitcoin reaparecem após queda de preço

Taleb usou seu próprio livro Antifrágil para descrever a situação do Bitcoin. Segundo o autor, a criptomoeda não pode ser considerada um ativo antifrágil, já que está caindo devido às incertezas do mercado.

Desaparecidos após o Bitcoin se valorizar 40% em janeiro e manter seu preço durante fevereiro, críticos do Bitcoin reapareceram nas redes sociais nesta sexta-feira (10) após a maior criptomoeda do mercado cair abaixo de US$ 20.000.

Peter Schiff, por exemplo, voltou a recomendar que investidores de Bitcoin vendam suas moedas para comprar ouro. Em janeiro, o executivo da Europac afirmou que o Bitcoin estava em um ‘rali dos otários’, mas depois se manteve em silêncio.

Já Nassim Taleb, autor do livro A Lógica do Cisne Negro, afirmou que o Bitcoin não é um ativo antifrágil, notando que a criptomoeda caiu devido a incertezas.

Peter Schiff ataca banco cripto que faliu, mas é rebatido pela comunidade

Conforme a liquidação voluntária do Silvergate foi um dos maiores motivos para a queda do Bitcoin, Peter Schiff usou trocadilhos para comentar sobre o caso enquanto criticava o setor de criptomoedas.

“Se as criptomoedas realmente são o futuro, por que o Silvergate, principal banco das criptomoedas, já é coisa do passado?”

No entanto, investidores de Bitcoin lembraram Schiff de que seu banco também foi fechado há poucos meses. Como desculpa, o executivo comentou que a situação é diferente, apesar do mesmo fim.

“O seu banco também não é coisa do passado?” questionou um seguidor.

“Sim, mas por razões diferentes. Silvergate morreu por conta própria. Meu banco foi morto pelo governo e pela mídia”, respondeu Schiff.

Quanto ao próprio Bitcoin, Peter Schiff novamente recomendou que investidores vendam o ativo e comprem ouro com o dinheiro.

“Uma onda de falências relacionadas a blockchain logo cairá sobre as criptomoedas, transformando o inverno cripto em um congelamento profundo”, continuou Peter Schiff. “Corra, venda seu Bitcoin e compre ouro.”

Tal argumento, entretanto, também foi rebatido pela comunidade. Como exemplo, um deles apontou que hoje o ouro está valendo menos do que valia em 2011, não sendo um bom investimento.

Os argumentos de Nassim Taleb

Já Nassim Taleb usou seu próprio livro Antifrágil para descrever a situação do Bitcoin. Segundo o autor, a criptomoeda não pode ser considerada um ativo antifrágil, já que está caindo devido às incertezas do mercado.

“Para ilustrar a incoerência na raiz do conceito das criptomoedas: uma manchete apontou que “O preço do Bitcoin cai por causa da… INCERTEZA.” (Os mesmos que o chamam de “antifrágil”).”

No entanto, vale notar que diversos motivos contribuíram para esta queda do Bitcoin. Ou seja, o mercado está apenas respondendo ao que está acontecendo no mundo, servindo de prova que o Bitcoin não sobe ou desce por capricho.

Taleb não abordava o assunto desde dezembro do ano passado, quando chamou investidores de criptomoedas de idiotas, ignorando a grande alta de 42% do bitcoin nos últimos dois meses.

Menção honrosa: Jorge Stolfi

Enquanto os dois críticos acima só aparecem quando o Bitcoin cai, Jorge Stolfi ataca a criptomoeda diariamente em suas redes sociais. Apesar de seus argumentos não serem convincentes, sua dedicação é notável.

Após afirmar que o Banco Central do Brasil estava sendo enganado por vigaristas de blockchain, o professor da Unicamp comparou o Bitcoin a pirâmide de Bernard Madoff nesta sexta-feira (10).

“Uma “moeda” que pode perder ou ganhar 10% do seu valor em minutos, sem motivo algum, é totalmente inútil para o comércio legal.”

“Mais uma vez: o [esquema] Ponzi de Madoff foi o investimento de melhor desempenho ano após ano por 25 anos, superando todos os índices de ações”, comentou Stolfi sobre a alta do Bitcoin na última década. “Os investidores de Bitcoin gastaram pelo menos 20 bilhões de dólares a mais comprando moedas do que receberam com a venda. Essa é a extensão de sua perda coletiva.”

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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