Patrick McHenry, Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, acredita que os EUA devam ser o ícone do Bitcoin no mundo. Participando da Bitcoin Policy Summit nesta terça-feira (9), o congressista comparou o BTC a um símbolo de liberdade.
Como exemplo disso, McHenry afirmou que até mesmo a China tentou parar o Bitcoin, mas não teve sucesso devido a forma descentralizada do protocolo.
Segundo matéria de 2023 do The Wall Street Journal, a China é o maior mercado da corretora Binance. Mais recentemente, gestoras chinesas começaram a usar suas subsidiárias para lançar ETFs de Bitcoin à vista em Hong Kong. Segundo especialistas, esses produtos devem ser lançados ainda nesse semestre.
Congressista americano defende Bitcoin
Patrick McHenry é um defensor declarado das criptomoedas. Um exemplo disso é a “surra” que ele deu em Gary Gensler no ano passado enquanto pressionava o presidente da SEC sobre a classificação do Ethereum, assunto no qual a Comissão ainda não chegou a um veredito.
Já nesta terça-feira (9), McHenry tratou o Bitcoin como um “bastião da liberdade”, defendendo que os EUA deveriam adotá-lo já que jamais conseguirão derrotá-lo.
“A maneira como vejo o Bitcoin é: o que Satoshi trouxe a este mundo tem sido imparável. Todos os regimes que tentaram derrubá-lo falharam, até mesmo o Partido Comunista da China tentou derrubar o Bitcoin, mas não conseguiu. Portanto, é uma tecnologia imparável”
JUST IN: 🇺🇸 Congressman Patrick McHenry says the US needs to be a leader in #Bitcoin 👏 pic.twitter.com/jC20GaurXe
— Bitcoin Magazine (@BitcoinMagazine) April 9, 2024
Seguindo sua declaração, o congressista também aponta que alguns de seus colegas nem sequer estudaram o tema. Ou seja, ao pedir o banimento do Bitcoin, alguns apontam que ele é usado por criminosos. No entanto, McHenry defende que a transparência das transações é péssima para seu uso em crimes.
“O dinheiro em espécie ainda é o rei”, declarou McHenry sobre a preferência dos criminosos.
Os EUA resolveram diversos casos envolvendo criptomoedas nos últimos anos. Dentre os exemplos mais famosos estão as prisões do casal Heather Morgan e Ilya Lichtenstein, mas também de James Zhong. Mais recentemente, eles prenderam um homem pela segunda vez por lavagem de dinheiro, algo que só foi possível graças a transparência da blockchain.
Governo americano já é um dos maiores detentores de Bitcoin do mundo
Os maiores detentores de Bitcoin do mundo são os ETFs da Grayscale e da BlackRock, seguidos pela MicroStrategy. No total, esses três players detém 3,8% de toda oferta de Bitcoin do mundo, ou 801.176 bitcoins (R$ 278 bilhões).
O governo americano, no entanto, aparece logo na sequência. Com 213.246 bitcoins em suas carteiras, os EUA detém mais de 1% dos 21 milhões de bitcoins a serem produzidos. A quantia é equivalente a R$ 74 bilhões, sendo que R$ 10 bilhões foram movidos na semana passada, assustando o mercado.
Esses bitcoins devem ser leiloados a fim de financiar o governo. Isso porque os dirigentes do Fed ainda não estão prontos para adotá-lo em suas reservas, tratando a criptomoeda como uma moda passageira.
Independente disso, o que McHenry propõe é uma liberdade financeira para os americanos investirem em Bitcoin e empresas do setor, incluindo mineradoras e corretoras. Desde a aprovação dos ETFs à vista pela SEC, esse parece ser o caminho escolhido pelos EUA, mas não é uma unanimidade.