Nestlé e Carrefour lançam projeto blockchain para rastreamento de alimentos

O objetivo é fornecer o máximo de transparência possível sobre o que acontece na sua alimentação.

A Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo e o Carrefour, uma das maiores redes de supermercados da França, anunciaram o lançamento de um projeto blockchain para fornecer maior transparência na forma como os produtos alimentícios chegam ao mercado.

As empresas afirmam que estão trabalhando com a IBM por meio do programa IBM Food Trust.

Na segunda-feira, 15 de abril, a Nestlé e a rede de lojas Carrefour anunciaram no site da Nestlé que, a partir de agora, seus clientes podem ver dados sobre o purê Mousline via blockchain.

Residentes franceses podem agora ir a qualquer uma das 5.360 lojas do Carrefour e escanear um código QR em pacotes de purê de mousseline (purê de batata). Os clientes poderão então ver a jornada das batatas da fazenda até a prateleira da loja. O comunicado de imprensa afirma que:

“As variedades de batatas usadas, as datas e o local de fabricação, informações sobre o controle de qualidade e os locais e datas de armazenamento antes dos produtos chegarem as estantes das lojas.”

Os fãs do purê da Nestlé que o compram nas lojas do Carrefour, no norte da França, agora podem acessar facilmente os dados em blockchain usando seus smartphones.

Além disso, ao digitalizar um código QR na embalagem, os consumidores podem verificar as informações sobre as fazendas onde as batatas para Mousline foram produzidas e onde o purê foi feito.

O objetivo é fornecer o máximo de transparência possível sobre o que acontece na sua alimentação. As empresas afirmam que este é o primeiro projeto blockchain lançado por uma marca francesa.

Um vídeo em francês dá uma visão de alto nível anunciando os novos recursos, provavelmente eles estão usando a tecnologia Hyperledger.

As empresas fornecem poucos detalhes em nível técnico, mas o desenvolvimento é semelhante a vários outros projetos de cadeia de suprimentos baseados em blockchain.

O aspecto da blockchain é limitado a basicamente um banco de dados compartilhado onde as informações não podem ser alteradas sem o consentimento de todos.

Assim, o que o fazendeiro, ou o motorista do caminhão, ou o depósito, coloca na blockchain é, em muitos aspectos, informação confiável que provavelmente passa por algum controle de qualidade ou autenticação antes ou depois de ser inserida na blockchain.

Todos poderão, então, ver instantaneamente quais informações foram inseridas, com outras pessoas capazes de criar tais informações adicionando novos dados a todos, certificando-se de que ninguém alterou as informações depois que elas foram inseridas.

É basicamente como enviar um documento em papel, mas de uma forma digital e com todos capazes de ver onde está o documento e o que está sendo feito com ele.

A Netlé começou a se interessar por blockchain em 2017. Para isso, juntou-se à IBM Food Trust, criada para permitir que os consumidores rastreiem os alimentícios que consomem.

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Mateus Nunes
Mateus Nuneshttps://livecoins.com.br
Fundador do Livecoins. Formado em Ciência da Computação e profissional de segurança da informação há mais de 10 anos. Escreve sobre Bitcoin desde 2012. Tradutor do site Bitcoin.org

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