Nova York voltou a atuar para coibir a ação de empresas do criptomercado que podem colocar em risco investidores. Dessa vez a procuradoria, comandada por Letitia James, anunciou os novos esforço para proteger os investidores, enviando notificações para que plataformas de empréstimos de criptomoedas deixem de oferecer serviços no estado.
De acordo com o documento da procuradoria, as plataformas de crypto lending são essencialmente contas que utilizam lucros através de empréstimos para oferecer aos investidores um retorno em criptomoedas que são depositadas nas plataformas. Basicamente quem deposita recebe lucros, quem empresta da plataforma paga com juros, como um banco.
De acordo com a lei de Nova York, todas as plataformas que atuam dessa maneira precisam ser registradas com o Escritório da Procuradoria Geral para poder atuar dentro do estado e oferecer produtos e serviços para moradores de Nova York.
Guerra
As cartas para o fim das operações foram enviadas para duas entidades que supostamente estão oferecendo serviços na jurisdição do estado. No entanto, as cartas que foram divulgadas pela própria promotoria geral possuem várias restrições de dados, escondendo principalmente o nome das entidades que receberam a documentação.
“As plataformas de criptomoedas precisam seguir a lei, assim como todo mundo, e é por isso que nós estamos direcionando duas companhias de criptomoedas a pararem de atuar no estado e estamos forçando mais três a responder questionamentos imediatamente”, disse a procuradora geral Letitia James.
Nexo e Tether
Apesar dos nomes das companhias não terem sido divulgados, uma delas respondeu a uma postagem no Twitter que noticiava a ação da procuradoria.
A plataforma Nexo respondeu ao perfil Mr. Whale, alegando que recebeu a carta e que isso não faz nenhum sentido, já que não oferece serviços para o estado de Nova York.
Nexo is not offering its Earn Product & Exchange in New York, so it makes little sense to be receiving a C&D for something we are not offering in NY anyway. But we will engage with the NY AG as this is a clear case of mixing up the letter’s recipients. We use IP-based geoblocking pic.twitter.com/1ZpEJ7u366
— Nexo (@Nexo) October 18, 2021
Apesar do protesto da Nexo, usuários afirmam que ela pagou recompensas em criptomoeda na região, o que coloca ela na jurisdição da Procuradoria Geral e justifica as cartas enviadas pela entidade governamental.
Além disso, o Mr. Whale também afirmou em seu Tweet que a procuradoria também reabriu o inquérito da Tether, agora exigindo detalhes sobre transações suspeitas, clientes, contratos e mais. A Tether pode ser uma das empresas que Letitia Jame afirmou que estão “forçando” a responder os questionamentos da entidade.
Com o avanço do criptomercado e a ampla adoção que parece ganhar cada vez mais força, no mercado varejista e institucional, com certeza o estado se envolverá mais nessas questões.