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Número de bitcoins em corretoras está em forte declínio, aponta relatório da Fidelity

“Alimentada por vários colapsos de grandes corretoras em 2022 e outras práticas problemáticas, a autocustódia tornou-se uma parte importante da jornada do bitcoin em 2023”, escreveu a Fidelity, adicionando que existem 2,2 milhões de BTC (R$ 375 bilhões) em corretoras, uma queda de quase 30% em relação ao seu recorde.

A Fidelity, gestora com US$ 4,5 trilhões em ativos sobre gestão, publicou um relatório trimestral sobre o Bitcoin na última sexta-feira (20). Como destaque, a gigante de Wall Street nota que o número de bitcoins em corretoras está em forte declínio.

Em outras palavras, isso quer dizer que compradores terão mais dificuldade em encontrar bitcoins à venda, o que poderia causar uma explosão em seu preço no caso de uma crescente demanda.

“Este número continuou a diminuir desde o seu pico em 2020.”

“Alimentada por vários colapsos de grandes corretoras em 2022 e outras práticas problemáticas, a autocustódia tornou-se uma parte importante da jornada do bitcoin em 2023”, escreveu a Fidelity, adicionando que existem 2,2 milhões de BTC (R$ 375 bilhões) em corretoras, uma queda de quase 30% em relação ao seu recorde.

Número de bitcoins mantidos em corretoras está em forte declínio. Fonte: Fidelity/Reprodução.
Número de bitcoins mantidos em corretoras está em forte declínio. Fonte: Fidelity/Reprodução.

Ao lado da BlackRock, a Fidelity é outra gestora de trilhões de dólares em ativos que está tentando emplacar o primeiro ETF de Bitcoin à vista nos EUA. Ainda em 2022, a Fidelity afirmou que o Bitcoin não tem concorrentes, destacando sua singularidade.

Fidelity destaca sentimento neutro para médio e curto prazo, mas positivo para o longo

Em outra parte do relatório, a Fidelity apresenta diversas métricas para seus leitores, buscando entender se o Bitcoin está com sinais de valorização ou não.

No curto prazo são apresentadas três métricas, estando duas delas no negativo e apenas uma no positivo, deixando o ativo no neutro. No entanto, com a alta do Bitcoin na última semana, é possível que esses dados estejam defasados.

Como exemplo, a gestora cita que o Bitcoin formou uma cruz da morte no início de setembro. No entanto, dados atuais mostram que o Bitcoin está prestes a formar uma cruz dourada, o que invalidaria a análise prévia.

Embora cruz da morte tenha assustado investidores em setembro, Bitcoin apresentou alta e pode formar cruz dourada em breve, sendo um sinal de alta. Fonte: TradingView.
Embora cruz da morte tenha assustado investidores em setembro, Bitcoin apresentou alta e pode formar cruz dourada em breve, sendo um sinal de alta. Fonte: TradingView.

Para a análise de médio prazo, entre 1 a 5 anos, a Fidelity cita 8 métricas, quatro delas no positivo e quatro no neutro. A análise inclui dados como razão NUPL, MVRV Z-Score, Multiplo de Puell, número de endereços no lucro e outros.

Análise da Fidelity sobre o Bitcoin no médio prazo. Fonte: Reprodução.
Análise da Fidelity sobre o Bitcoin no médio prazo. Fonte: Reprodução.

Assim como no caso anterior, algumas métricas já saíram do neutro para o positivo com a recente alta do Bitcoin.

Já no longo prazo, quatro dos cinco itens avaliados já estavam no positivo. Uma das métricas avaliadas foi o número de endereços com saldo superior a 0,1 BTC (R$ 17.000), que continuam crescendo em ritmo acelerado.

“Essa métrica atingiu um novo recorde em 23 de setembro, com 4.499.551 endereços contendo 0,1 ou mais bitcoin. Isso mostra um crescimento contínuo de pequenos endereços acumulando e economizando bitcoin, mesmo com preços em queda.”

Número de endereços com saldo acima de 0,1 BTC (R$ 17.000). Fonte: Fidelity.
Número de endereços com saldo acima de 0,1 BTC (R$ 17.000). Fonte: Fidelity.

Ethereum também foi avaliada pela Fidelity

Segunda maior criptomoeda do mercado, o Ethereum também dividiu espaço com o Bitcoin no relatório da Fidelity. Usando algumas das mesmas métricas, a gestora nota que o ETH está negativo no curto prazo e neutro no médio, mas positivo no longo.

Um dos destaques foi a diferença entre a criação de novos ethers e o número de moedas queimadas. Em diversos momentos, o ETH tornou-se uma moeda deflacionária, ou seja, com diminuição das moedas em circulação.

“A emissão líquida desde o The Merge em setembro de 2022 levou a uma diminuição geral da oferta há mais de um ano”, notou a Fidelity. “Isto é importante porque, em teoria, se a oferta de Ether continuar sendo destruída gradualmente, isso aumentará o nível de participação relativa de todos os detentores dos tokens restantes.”

Emissão liquida de Ethereum (ETH) desde a atualização The Merge. Fonte: Fidelity.
Emissão liquida de Ethereum (ETH) desde a atualização The Merge. Fonte: Fidelity.

Por fim, a Fidelity é uma das gigantes de Wall Street que mais desmonstrou apoio ao Bitcoin nos últimos anos. Seu pedido de ETF de Bitcoin à vista é mais uma prova da confiança da gestora no ativo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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