O Bitcoin é realmente utilizado para financiar o terrorismo na Palestina?

Entrevista revela que é maior o número de pessoas comuns que estão usando a criptomoeda no país, em comparação com campanhas terroristas.

O bitcoin sempre foi acusado de ser usado para financiar o terrorismo em escala mundial. Uma recente matéria do Coindesk mostra que a criptomoeda é menos utilizada por terroristas que por civis na Palestina. O país vive uma violenta disputa de território com Israel e conta com um dos maiores conflitos territoriais do planeta.

Mais civis estão usando o bitcoin na Palestina do que os terroristas ligados ao Hamas. Uma recente entrevista concluiu que o grupo terrorista não utiliza tanto a criptomoeda como era suposto. Por outro lado, o bitcoin possui grande adesão da população no país castigado por um guerra sem fim.

Bitcoin não é usado para financiar o terrorismo

As criptomoedas foram ligadas a parte do financiamento do terrorismo em vários países. Porém, na Palestina, as incursões de campanhas de arrecadação de bitcoins para o terrorismo parecem ser menores que o comércio da criptomoeda entre os civis.

Uma campanha de financiamento coletivo ligado as Brigadas Qassam não conseguiu arrecadar muito. A campanha foi aberta na Coinbase, e foi encontrada por analistas de blockchain. No total, a ala militar – considerada terrorista e ligada ao Hamas – conseguiu arrecadar apenas US$ 4 mil.

Enquanto isso, a prosperidade do comércio de criptomoedas no local parece ser ainda maior. Em entrevista ao Coindesk, palestinos narram histórias de sucesso de investidores locais envolvendo a comercialização de bitcoins.

Palestina conta com histórias de sucesso envolvendo o bitcoin

Segundo apuração, alguns escritórios que comercializam a criptomoeda chegam a faturar mais de US$ 5 milhões mensalmente. Na Palestina a comercialização de criptomoedas acontece por escritórios e P2P, sem a presença de exchanges.

“Existem alguns escritórios que atualmente faturam de US$ 5 milhões a US$ 6 milhões por mês”.

Um negociador de criptomoedas no país conseguiu imigrar para a Europa. O empreendedor mantinha uma carteira com apenas 50 clientes, permitindo ganho suficiente para deixar o país em guerra. Existem no país 20 operadores de bitcon somente em Gaza.

A Palestina sofre com uma guerra que parece nunca chegar ao fim. Além de invasão territorial e ataques bélicos, sanções econômicas impedem que o país prospere. O Paypal, por exemplo, não opera no país, considerado inimigo de Israel.

O aplicativo israelita é utilizado para o envio de remessas online em todo o mundo. Sendo assim, o bitcoin ganha mais notoriedade na Palestina. Além disso, desde 2006 as transferências de dinheiro foram proibidas no país, o que reforça o uso da criptomoeda por parte da população.

O uso do bitcoin pela população palestina seria maior que as campanhas para o financiamento de grupos terroristas presente no país. Com 77% da população adulta sem contas bancárias, as criptomoedas são amplamente difundidas entre a população. 

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Leia mais sobre:
Paulo Carvalho
Paulo Carvalho
Jornalista em trânsito, escritor por acidente e apaixonado por criptomoedas. Entusiasta do mercado, ouviu falar em Bitcoin em 2013, mas era que nem caviar, "nunca vi, nem comi, só ouço falar".

Últimas notícias

Compre na OKX

Últimas notícias