Conforme tanto o desenvolvimento quanto mantenimento do Bitcoin são descentralizadas, os governos não conseguem pará-lo. Do outro lado, países estão adotando e legalizando o Bitcoin pois precisam dele.
Conforme as moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) tem se tornando uma pauta em vários países, a criação de uma moeda salvadorenha, mesmo com impressão controlada, não seria uma escolha tão boa quanto o Bitcoin. Afinal o governo não possui nenhum gasto em desenvolvimento e segurança, além de ser uma moeda livre de sanções interacionais.
Da mesma forma, cidades também estão querendo atrair empreendimentos para taxá-los. Assim como acontece com bancos que após anos lutando contra o Bitcoin, agora entendem que o único jeito de ganhar esta briga é adotando-o.
O Bitcoin é melhor que uma moeda própria
No caso de El Salvador, por exemplo, o país sequer possui moeda própria, ficando dependente das decisões dos EUA que não se importam no impacto causado neste país.
O governo salvadorenho teria poucas escolhas, continuar com o dólar, adotar uma moeda com impressão controlada (BTC), ou então criar a sua própria.
Note que a última opção é ruim para o país quando comparado ao Bitcoin. Mesmo que o Estado não imprimisse sua moeda à vontade, como fazem com o dólar, poucos a comprariam, afinal sua economia é fraca e moedas estatais são transitórias, ou seja, geralmente são substituídas por outras.
Como o Bitcoin já está presente em todo o mundo, é mais fácil utilizá-lo para para remessas internacionais do que outras moedas. Ele também já possui toda uma infraestrutura de aplicativos e serviços pronta e em constante desenvolvimento, sem que o governo precise gastar com isso. Permitindo que seus cidadãos tenham acesso ao mundo financeiro instantaneamente caso tenham um celular.
Outro ponto é que países que usam Bitcoin não sofrem com sanções políticas justamente por não ser de nenhum país. É uma moeda global.
Também é importante notar que no caso de El Salvador, a Lei do Bitcoin está atraindo turistas. Assim como suas reservas em BTC estão gerando lucros, permitindo que o governo os use para melhorias de infraestrutura, como exemplo, o governo salvadorenho construirá 20 novas escolas graças a isso.
Países precisam taxar o Bitcoin
Outro ponto é o quanto estes países podem ganhar ou deixar de perder com toda a indústria que cerca o Bitcoin. Até mesmo a China, que baniu o Bitcoin neste ano, está pensando em mudar suas leis novamente.
Outros exemplos são os recém-eleitos prefeitos de cidades dos EUA, ao menos quatro deles querem receber seu salário em Bitcoin. Seu objetivo final, é claro, é trazer empresas para as suas cidades e então obter receita através de impostos.
Proibi-lo, como a China fez, é a pior ação possível visto que o país deixa de lucrar mesmo com pessoas utilizando a moeda, já que ela é imparável. Já outros migram para países mais amigáveis como os EUA.
Não apenas países, toda a indústria
Outros participantes da indústria, como bancos e até mesmo bolsas, também precisam mais do Bitcoin do que o Bitcoin precisa delas. Isso está acontecendo com ou sem eles.
Embora estes serviços possam introduzir mais pessoas e instituições para o Bitcoin, acelerando a sua adoção e subida de preço, o seu objetivo é o mesmo dos governos: ganhar um pedaço com as taxas. Dado os acontecimentos deste ano, são elas que estão correndo atrás, e não o contrário.
Por fim, até mesmo o Brasil está propondo leis que permitam que salários sejam pagos em BTC. Com o Real sendo uma das moedas com maior desvalorização nestes últimos anos e o bitcoin valorizando e sendo comprado aos bilhões de reais por brasileiros, não é à toa que o governo esteja buscando meios para lucrar com isso.