Metaverso será hackeado em 2023, prevê empresa de segurança

Previsão de empresa de cibersegurança alerta usuários que prática pode ser pior que os hacks que já ocorrem hoje.

O primeiro grande caso de um metaverso hackeado deve ocorrer em 2023, de acordo com previsões de uma empresa de cibersegurança. Tal alerta acende as discussões sobre a segurança das plataformas que fornecem o serviço a usuários pelo mundo.

É claro que a previsão pode não se confirmar, visto que as plataformas investem em sua segurança cibernética.

Contudo, é possível que uma quebra em uma plataforma de metaverso abale o setor. Isso porque, os dados reunidos em metaversos não se restringem a nome e e-mail, mas também vários outras informações sensíveis dos usuários.

“Crise de identidade”, diz empresa caso um metaverso seja hackeado

Desde 2021 o tema do metaverso voltou a cena mundial de tecnologia pelos casos de usos promissores. Um deles, por exemplo, seria a possibilidade de encontrar comunidades online e interagir com óculos e gadgets diversos.

No entanto, ao passo que as evoluções chegam, é importante se concentrar na proteção que a inovação oferece aos usuários.

Assim, a empresa de cibersegurança WatchGuard colocou em suas previsões para 2023 que um primeiro caso grande de metaverso hackeado pode surgir pelo mundo.

De acordo com a previsão, empresas como Meta (Facebook) e TikTok já investem na construção de metaversos para seus clientes. A crença é que encontros no futuro ocorram em ambientes virtuais, chamada Web3.

Segundo a empresa, os novos dados colhidos por metaversos o tornam um novo alvo para hackers.

“Mas o metaverso da realidade virtual (VR) oferece um grande novo potencial para exploração e engenharia social. As pessoas já vazam muitos de seus dados privados on-line por meio de mouse e teclado – agora imagine um dispositivo com várias câmeras e infravermelho (IR) e sensores de profundidade que rastreiam também os movimentos de suas cabeças, mãos, dedos, rostos e olhos. Tudo isso acontece hoje se o usuário utilizar um headset moderno de VR ou realidade mista (MR) como o Meta Quest Pro. O que um hacker mal-intencionado poderia fazer com isso? Talvez crie um deepfake virtual do avatar online do usuário que também pode se mover e agir como ele.”

Ameaças podem demorar mais tempo para se confirmarem, mas empresas devem redobrar atenção

Ainda que os vetores de ameaças em potencial possam demorar cinco ou dez anos para se confirmarem, não indica que o metaverso já não esteja como alvo hoje.

Para a Watchguard, o primeiro ataque hacker ao metaverso afetará os negócios, por meio de um conhecido vetor reinventado para o futuro da RV. Algumas soluções do mercado já abrem brechas de exploração por cibercriminosos ao utilizar tecnologias da área de trabalho remota da Microsoft, solução muito explorada no passado.

Assim, a previsão pessimista para o metaverso em 2023 acredita que o setor está em risco e pode causar um surto de Engenharia Social pelo mundo.

“É por isso que, em 2023, os especialistas da WatchGuard acreditam que o primeiro grande hack do metaverso que afeta um negócio será resultado de uma vulnerabilidade em novos recursos de produtividade empresarial, como área de trabalho remota, usada na última geração de headsets VR/MR voltados para casos de uso corporativo.”

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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