A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Cripta, que investiga uma pirâmide financeira utilizando a imagem das criptomoedas para prometer lucros de até 30% ao mês.
Segundo os investigadores, a sede do esquema era no Estado de Tocantins, onde clientes aportavam em um negócio suspeito.
Ao todo, 24 agentes da PF cumprem mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (9), para apuração de mais um caso de fraude financeira no Brasil.
Operação Cripta é deflagrada pela PF contra pirâmide de criptomoedas que prometia 30% ao mês
Durante o cumprimento de 5 mandados de busca e apreensão pela PF nesta quarta, armas e munição de alto calibre foram encontrados pelos agentes. Além disso, os suspeitos tinham drogas, que também foram recolhidas.
As buscas eram para investigar um possível crime de pirâmide financeira praticado por uma empresa no Estado do Tocantins, na capital Palmas.
Segundo a PF, as investigações da Operação Cripta buscam aprofundar o conhecimento sobre o possível golpe com criptomoedas.
Investidores eram levados a acredita que rendimentos de 5% a 30% eram fáceis de serem obtidos, devendo acreditar na índole da empresa.
De acordo com informações sobre o caso, os mandados foram expedidos pela 4.ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Tocantins. Os detalhes como nome da pirâmide financeira e de seus líderes não foram divulgados pela PF.
Pirâmide causou prejuízos de 15 milhões de reais
Sem autorização da CVM e Banco Central do Brasil, a pirâmide financeira de Palmas é suspeita de deixar um prejuízo de R$ 15 milhões.
O início das investigações da Operação Cripta ocorreu após denúncias de um operador financeiro suspeito. Ele estaria captando investidores para realizar supostos aportes em criptomoedas.
Como as operações milagrosas realizadas pelo suspeito não eram reveladas aos clientes, muitos não sabem se a compra e venda de criptomoedas era realmente realizada pelo golpe.
Alguns clientes se convenceram que o negócio era legítimo após o pagamento das promessas por alguns meses. Durante o funcionamento, a empresa emitiu até notas fiscais sobre o serviço.
Segundo a PF, após captar os recursos das vítimas, os líderes do esquema compravam bens de alto valor e ostentavam uma boa condição financeira em redes sociais, o que dava credibilidade ao negócio.
Os investigados, que ainda não foram presos na primeira fase da operação, podem pegar até 20 anos de prisão por vários crimes.
Após as buscas, a PF colocou a disposição das vítimas os canais de atendimento via WhatsApp – (63) 3236-5422 – e e-mail – delecor.drcor.srto@pf.gov.br, além do atendimento presencial na sede.