Operação da PF mira maior plataforma de criptomoedas do mercado

Investigação se iniciou deu em virtude de informações preliminares compartilhadas pelo Serviço Secreto dos EUA da Embaixada deste país.

A Polícia Federal deflagrou a Operação policial Criptocard, na manhã desta terça-feira (6/6), com o objetivo de combater fraudes que consistiam na compra de criptomoedas com pagamentos por cartões na maior plataforma mundial de negociação, utilizando dados de cartões de crédito fraudados por meio de um ataque cibernético conhecido como “enumeration attack”.

Os investigados utilizaram mecanismos que geraram de forma massiva números de cartões para realização de compras pela internet.

A origem da investigação se deu em virtude de informações preliminares compartilhadas pelo Serviço Secreto dos EUA da Embaixada dos EUA, como parte da cooperação policial entre autoridades brasileiras e norte-americanas, resultando em investigação formal da Polícia Federal, em ação capitaneada pela recém criada Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos (DCIBER), da Polícia Federal.

PF mira grupo que comprava criptomoedas com cartão de créditos em Operação Criptocard. 100 agentes cumpriram mandados em vários estados

Cerca de 100 policiais federais cumpriram 26 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal em cinco estados (CE, BA, MA, SC e SP).

A investigação da PF identificou esquema de lavagem de dinheiro no qual os ativos eram transferidos para outros usuários de forma sucessiva, no intuito de dificultar algum rastreio, ocultando assim como a origem e ao final, buscando dar aparência de licitude aos recursos. O valor global do golpe aplicado aproxima-se de R$ 19 milhões.

As condutas podem configurar, em tese, o cometimento do crime de furto qualificado mediante fraude e lavagem de dinheiro por organização criminosa, com penas máximas somadas de até 26 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes praticados a partir da análise do material apreendido.

A PF não informou qual o nome da plataforma mirada pela compra de criptomoedas. Procurada, a Binance negou que seja a sua plataforma alvo da operação no Brasil e que desconhece informações sobre o caso.

Os nomes dos suspeitos envolvidos não foram divulgados pela PF, que não retornou ao pedido de comentários sobre quantos foram presos nesta terça-feira (6).

Operação policial Criptocard
Operação policial Criptocard/Reprodução.

PF segue na caça de crimes envolvendo criptomoedas

Com a Operação Criptocard, a PF deixa claro que combate crimes envolvendo o mercado de criptomoedas e, além disso, de crimes cibernéticos. A nova operação, inclusive, envolveu uma ampla coordenação com a embaixada dos EUA, que tem promovido cursos no Brasil e países da região de capacitações sobre criptomoedas.

Em novembro de 2021, por exemplo, a Embaixada dos EUA no Brasil ofertou um curso sobre Dark Web e Criptomoedas, deixando claro que tem se aproximado das autoridades do país para fornecer informações relevantes sobre fraudes envolvendo novas tecnologias.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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