Operação ‘Príncipe do Bitcoin’: Pastor é alvo da polícia por golpe com criptomoedas

De acordo com a polícia, a maneira de operar da A.C. Consultoria consistia em abrir contas para os investidores e efetuar aplicações financeiras utilizando contas "copy", que replicavam transações de outras contas.

Na manhã desta quarta-feira (25/10), uma grande operação foi deflagrada no Rio de Janeiro para combater uma organização criminosa envolvida em um esquema de estelionato utilizando criptomoedas, a famosa”pirâmide financeira”.

A operação, chamada de “Príncipe do Bitcoin”, foi uma feita pelo do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, a Coordenadoria de Segurança e Inteligência e pela Polícia Civil, tendo como palco de atuação a região de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, a quadrilha atua desde 2016, e por meio da empresa A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli, enganou mais de 43 pessoas com promessas de retornos financeiros expressivos.

O esquema prometia lucros de 15% a 30% ao mês para os investidores em criptomoedas. A cifra em questão, aproximando-se de R$ 2 milhões, foi bloqueada pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes para ressarcimento das vítimas.

Príncipe do Bitcoin

Um alvo de destaque na operação é o pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, apelidado na região como “Príncipe do Bitcoin”.

Ele é conhecido por ostentar um estilo de vida luxuoso, com constantes trocas de carro e viagens frequentes. Nogueira atuava como trader, sendo uma peça chave na captação de novos clientes para o esquema.

Além dele, outros nomes, como Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes, também foram citados pelo MPRJ, atuando principalmente na atração de novos investidores.

De acordo com a polícia, a maneira de operar da A.C. Consultoria consistia em abrir contas para os investidores e efetuar aplicações financeiras utilizando contas “copy”, que replicavam transações de outras contas.

Inicialmente, os rendimentos prometidos eram pagos, garantindo a confiança dos investidores. Contudo, em dezembro de 2021, a empresa anunciou a rescisão de todos os contratos, prometendo pagamentos em 90 dias — o que não ocorreu.

Durante as investigações, foi descoberto ainda que os criminosos fundaram outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, visando perpetuar o esquema fraudulento.

A operação “Príncipe do Bitcoin” segue em curso, visando a total desarticulação da organização criminosa e o ressarcimento das vítimas.

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Vinicius Golveia
Vinicius Golveia
Formado em sistema da informação pela PUC-RJ e Pós-graduado em Jornalismo Digital. Conhece o Bitcoin desde 2014, atuando como desenvolvedor de blockchain em diversas empresas. Atualmente escreve para o Livecoins sobre assuntos de criptomoedas. Gosta de cultura POP / Geek. Se não estiver escrevendo notícias relevantes, provavelmente está assistindo alguma série.

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